Em 2024, pelo segundo ano consecutivo, o consumo das famílias no varejo alimentar do Brasil bateu a marca de R$ 1 trilhão. Isso é o que mostra o estudo “Grandes Números do Varejo Alimentar”, elaborado pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). O setor supermercadista reafirma, dessa forma, sua importante contribuição para o produto interno bruto (PIB) nacional.
Acompanhe o crescimento do varejo alimentar no Brasil:
- entre 2023 e 2024, o consumo das famílias brasileiras subiu 6,5%;
- a participação do varejo alimentar no PIB brasileiro ficou em 9,12%;
- 30 milhões de consumidores passam pelas lojas do setor todos os dias;
- e Santa Catarina está entre as maiores redes supermercadistas do País.
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O varejo alimentar brasileiro cresceu em 2024
O estudo da ABRAS tem a contribuição do Sebrae para abranger a variedade de canais no varejo alimentar do Brasil. A análise então inclui os dados de supermercados; hipermercados; atacarejos; minimercados, mercearias, armazéns e hortifruti; lojas de vizinhança; lojas de conveniência; lojas autônomas em condomínios; além das vendas digitais.
No resultado de 2024, o consumo das famílias brasileiras no varejo alimentar chegou a R$ 1,067 trilhão. Isso representa um crescimento de 6,5% na comparação com 2023, quando o faturamento acumulado ficou em R$ 1,001 trilhão.
Somente as três maiores redes supermercadistas no País somaram R$ 237,5 bilhões em faturamento anual, uma fatia que corresponde a 22% do consumo das famílias brasileiras no setor. Os maiores representantes do setor em 2024, conforme os dados do Ranking ABRAS 2025, foram: Grupo Carrefour Brasil (R$ 120,59 bilhões em faturamento), Assaí Atacadista (R$ 80,57 bilhões) e Grupo Mateus (R$ 36,38 bilhões).
Vale ressaltar que o setor cresceu acima do PIB do Brasil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia do País avançou 3,4% em 2024 frente ao ano anterior. O produto interno bruto então chegou a R$ 11,7 trilhões. Por sinal, o consumo das famílias foi um dos motores que impulsionaram o País nesse período.
Isso também quer dizer que o varejo alimentar participou diretamente de 9,12% do PIB brasileiro em 2024.
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Supermercados catarinenses entre os maiores do Brasil
O varejo alimentar chegou a 424.120 lojas por todo o Brasil em 2024, um acréscimo de 2,3% na comparação com 2023. Todos os dias, 30 milhões de consumidores passam por estabelecimentos do tipo.
Entretanto, as grandes redes supermercadistas, apesar do menor número de unidades em relação aos minimercados e afins, detêm a maior parcela do faturamento do setor. Apenas os dez maiores grupos do Brasil somados têm mais de um terço de todo o valor faturado no varejo alimentar.
Inclusive, os supermercados catarinenses aparecem em destaque no Ranking ABRAS 2025:
- O Grupo Koch, das marcas Komprão e Koch, teve R$ 10,3 bilhões de faturamento em 2024 e permaneceu na sétima posição geral do País.
- Ainda no top 30, o Grupo Giassi, das redes Giassi Supermercados e Combo, subiu da 29ª para a 27ª colocação com uma receita bruta anual de R$ 4,1 bilhões.
- Um pouco atrás, o Grupo Angeloni manteve-se no 30º lugar ao faturar R$ 3,8 bilhões em 2024. Ele representa as marcas Angeloni Supermercados e Super A.
Outros dois grupos de Santa Catarina ficaram entre os 50 maiores no País. O Grupo MundialMix, das marcas Imperatriz e Brasil Atacadista, veio na 36ª posição, com R$ 2,7 bilhões. O Grupo Passarela, de Via Atacadista e Passarela Supermercados, ficou no 39º lugar, com R$ 2,6 bilhões.
Já o Grupo Pereira, que se manteve na 7ª posição, faturando R$ 15,3 bilhões, tem sede em São Paulo e não consta entre os representantes catarinenses, apesar de ter origem em Itajaí. Ele é dono do Fort Atacadista e do Comper.
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Bom início de 2025 para o consumo no varejo alimentar
As perspectivas para a economia brasileira são comedidas. O Boletim Focus de 25 de abril estima um crescimento do PIB na casa dos 2%, com inflação acumulada em 5,55% para 2025.
Mas, até aqui, os resultados deste ano têm sido positivos para o varejo alimentar. De acordo com a ABRAS, o consumo nos lares do Brasil cresceu 2,24% no primeiro bimestre, em relação ao mesmo período de 2024, já descontada a inflação.
Enquanto isso, a Pesquisa Mensal de Comércio, do IBGE, aponta uma alta de 1,8% no volume de vendas dos hipermercados e supermercados nesse intervalo.
O cenário econômico é desafiador. Contudo, é possível seguir crescendo no setor com sensibilidade e adaptação ao mercado.
— Estamos acompanhando um consumidor mais cauteloso, mais informado e que valoriza o custo-benefício. As redes supermercadistas precisam estar atentas a esse novo comportamento para manter a competitividade — explica Alexandre Simioni, presidente da Associação Catarinense de Supermercados (Acats).
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