O comércio de Santa Catarina continua crescendo muito acima da média brasileira em 2025. Enquanto o crescimento estadual foi três vezes superior no primeiro bimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2024, o acumulado catarinense do trimestre entre janeiro e março superou o patamar do varejo no Brasil em mais de cinco vezes.
Veja outros destaques da Pesquisa Mensal de Comércio:
- o varejo restrito do Estado apresentou alta de 6,3% no primeiro trimestre;
- esse foi o segundo melhor resultado entre as unidades federativas do País;
- já o comércio catarinense ampliado teve um crescimento de 6,4%;
- além disso, o setor como um todo gerou 23% mais empregos que em 2024.
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Comércio restrito de SC tem a segunda maior alta do País
Os dados referentes a março da Pesquisa Mensal de Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam um distanciamento cada vez maior entre os resultados do varejo catarinense e do Brasil em 2025.
Em março, por exemplo, o comércio restrito no País apresentou uma queda de 1% no volume de vendas em relação ao mesmo mês do ano anterior. Enquanto isso, Santa Catarina cresceu 4,6% nesse intervalo.
O acumulado do comércio catarinense no primeiro trimestre de 2025 então chegou a uma alta de 6,3% frente ao mesmo período de 2024. Como comparação, o crescimento da média brasileira foi de apenas 1,2%.
Santa Catarina registrou o segundo maior aumento no volume de vendas entre os estados do Brasil neste ano. Apenas o Amapá, com alta de 11,6% no varejo restrito, foi superior.
Os destaques do comércio restrito catarinense nos primeiros três meses do ano foram os artigos de uso pessoal e doméstico, com crescimento acumulado de 17,2%. Mas outras categorias importantes do varejo, como as de tecidos, vestuário e calçados (alta de 9,9%), móveis e eletrodomésticos (alta de 7%) e hipermercados e supermercados (alta de 6%) também têm alcançado resultados expressivos neste ano.
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Varejo catarinense ampliado cresceu 6,4% no primeiro trimestre
No comércio ampliado, Santa Catarina também se destacou nos dados do IBGE. O Estado teve o terceiro maior crescimento no primeiro trimestre de 2025, considerando as categorias de veículos, motocicletas, partes e peças; materiais de construção; e o atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, ou atacarejo.
O volume de vendas no varejo ampliado subiu 6,4% no acumulado de janeiro a março, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Somente o Amapá (+12%) e o Rio Grande do Sul (+6,8%) tiveram resultados acima do setor catarinense nesse intervalo. Já a média brasileira registrou um crescimento de 1,1%.
Vale ressaltar o resultado bastante positivo do segmento de materiais de construção em Santa Catarina. A alta de 9,7% no Estado foi uma das mais significativas no Brasil durante o primeiro trimestre, prova de que o mercado imobiliário catarinense continua crescendo.
A venda de automóveis também segue em bom ritmo, como reforçam os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). De janeiro a abril deste ano, o número de emplacamentos de automóveis e comerciais leves no Estado subiu 3,44% ante o mesmo período de 2024.
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Comércio atacadista reúne mais oportunidades de emprego em SC
Olhando para as atividades do varejo catarinense analisadas na Pesquisa Mensal de Comércio, a maioria dos segmentos apresentou alta no primeiro trimestre de 2025. No entanto, isso não se traduz expressivamente na geração de emprego.
Em toda Santa Catarina, o comércio acumulou um saldo de 2.568 novos postos de trabalho com carteira assinada no período. O desempenho ficou abaixo até mesmo da agropecuária (2.604 novos empregos formais) e foi um décimo do resultado da indústria (26.496 novos empregos formais).
O atacado salvou o comércio catarinense de um saldo negativo ao abrir 3.265 vagas a mais nos primeiros três meses de 2025. Somente nos atacarejos de alimentos, por exemplo, foram registrados 456 novos postos de trabalho com carteira assinada.
Mas não há nada de anormal nesse cenário. O varejo, de um modo geral, tem uma redução na oferta de trabalho após a demanda extra de funcionários no fim do ano. Inclusive, se formos comparar com o saldo de 2.087 empregos gerados pelo setor nos três primeiros meses de 2024, o resultado de 2025 foi 23% melhor.
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