Metade dos brasileiros entre 18 e 64 anos que ainda não empreendem pensam em abrir uma empresa em até três anos. Isso equivale a cerca de 47 milhões de potenciais empreendedores no Brasil, conforme o Monitor Global de Empreendedorismo, realizado no País pela Associação Nacional de Estudos e Pesquisas em Empreendedorismo (ANEGEPE) em parceria com o Sebrae. Para quem sonha em empreender, trazemos então dados relevantes sobre esse mercado.

Veja o perfil dos empreendedores no Brasil:

• 66% das empresas brasileiras são conduzidas por empresários individuais;
• oito em cada dez empreendedores estão na atividade há dois anos ou mais;
• 62% ganham até dois salários mínimos por mês e só 9% ganham mais que cinco;
• a taxa de sobrevivência após cinco anos é de 50,5% para MEIs e 75,1% para os demais.

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O perfil dos empreendedores no Brasil em dados

A palavra “empresário” costuma suscitar a imagem de grandes líderes, donos de negócios pujantes, com muitos funcionários. Mas os números mostram um significado bem mais pé no chão.

Dos 24,2 milhões dos empreendimentos ativos no Brasil, segundo o Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), 21,3 milhões são microempresas. Ou seja, 89% do total. Já os empresários individuais representam dois terços de todos os negócios no País.

Isso nos permite entender melhor o retrato dos empreendedores no Brasil presente no estudo “Atlas dos pequenos negócios 2025”, do Sebrae.

Quem são os empreendedores brasileiros:

• 80% empreendem há dois anos ou mais;
• 66% são homens e 34% são mulheres;
• 53% são brancos, 46% são negros e cerca de 1% de outras raças ou cores;
• 48% têm de 35 a 54 anos, 29% têm até 34 anos e 24% têm mais de 55 anos;
• 30% têm até o ensino fundamental, 40% têm o médio, 24% têm o superior e os demais não responderam.

Nos últimos anos, duas tendências importantes têm sido a maior participação de empreendedores no Brasil com ensino superior e a presença crescente de empresários mais maduros. Inclusive, o número de idosos que empreendem subiu 34% desde 2020, de acordo com o Sebrae, chegando a 4,3 milhões de pessoas no País.

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Quanto ganham os empreendedores no Brasil?

Como destaca o “Atlas dos pequenos negócios 2025”, 86% dos donos de empresas no Brasil atuam por contra própria e não têm quaisquer empregados. Outros 10% possuem de um a cinco colaboradores. E apenas 4% registram mais do que cinco funcionários.

O reflexo disso está no rendimento mensal dos empreendedores brasileiros. Seis em cada dez empresários no País, ou 62% do total, recebem até dois salários mínimos por mês. 

O rendimento mensal dos empreendedores no Brasil:

• Até um salário mínimo: 34%
• Um a dois salários mínimos: 28%
• Dois a três salários mínimos: 16%
• Três a cinco salários mínimos: 11%
• Acima de cinco salários mínimos: 9%

Mas a base dessa pirâmide está se encurtando com o passar do tempo. No início da pandemia de Covid-19, 56% dos empreendedores brasileiros recebiam no máximo um salário mínimo. Comparado com os 34% atuais, é uma boa evolução.

Inclusive, Santa Catarina tem um índice do qual pode se orgulhar nesse sentido. É o estado do Brasil com a menor taxa de pessoas que empreendem ganhando até um salário mínimo por mês, de apenas 13%.

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A distribuição das empresas brasileiras por setor

O setor de serviços foi o que mais ganhou empreendedores ao longo dos últimos anos. Em 2015, um terço dos empresários (33%) atuava nessa área. O número então chegou a 45% no final de 2024.

Enquanto isso, os demais setores perderam participação entre os donos de negócio no País.

Distribuição dos empreendedores brasileiros por setor:

• Serviços: 45%
• Comércio: 22%
• Agropecuária: 13%
• Construção: 12%
• Indústria: 8%

Não à toa, oito das dez atividades de MEIs com o maior número de registros de CNPJ em 2024 estavam relacionadas aos serviços. O pódio foi ocupado por cuidados de beleza, publicidade e transporte rodoviário de cargas.

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A sobrevivência dos negócios no Brasil

Ao fim do primeiro ano de atividade, um em cada cinco MEI encerra o negócio, segundo o cálculo do Sebrae. Nos demais tipos de empresa, 95,7% ainda estão de pé.

Dentro de cinco anos, metade dos microempreendedores individuais fecha as portas. Entre os demais empresários, a taxa de sobrevivência nesse período fica em 75,1%.

Ou seja, os empresários individuais são a maioria dos negócios no Brasil, mas também registram a maior rotatividade.

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