3 pontos para entender os consumidores da Geração Z

18/01/2023

Inovação

3 pontos para entender os consumidores da Geração Z

Eles serão a força dominante no futuro do mercado, mas têm um impacto já bastante presente. Os consumidores da geração Z, nascidos por volta de 1995 a 2010, representam mais de um quarto da população brasileira, de acordo com a projeção do IBGE. Mas, além de serem numerosos, eles detêm um grande poder econômico em mãos.

Até 2030, uma pesquisa do Bank of America estima que essa geração terá uma renda de 33 trilhões de dólares, representando 27% do total no mundo.

Mais relevante ainda é que, ao consumirem, as pessoas da geração Z estão definindo como as marcas devem se comportar daqui para a frente. Então, quer saber mais sobre esse perfil de consumidor? Acompanhe a explicação a seguir e descubra como se conectar com os jovens.

Consumidores da geração Z: entre o realismo e o idealismo

Essa nova geração carrega uma aparente contradição: eles são mais conscientes e práticos em alguns aspectos, mas bastante idealistas em outros.

Para entender tal cenário, é preciso analisar como os consumidores da geração Z receberam o mundo e quais preocupações têm a partir disso. Então, segundo um estudo da Deloitte, descobrimos que as maiores preocupações deles são:

Mais estressados que os millennials, a geração anterior, 46% dos indivíduos Z relatam sentir estresse na maior parte do tempo. E as finanças, seja do dia a dia, seja no longo prazo, são a maior preocupação nesse sentido.

A partir disso, entendemos por que esses consumidores precisam escolher mais cuidadosamente o que e onde gastar. De acordo com a pesquisa “TrueGen, a Geração da Verdade”, da Box1824 em parceria com a McKinsey, 73% das pessoas nesse grupo afirmam pensar duas vezes antes de comprar algo.

Além da economia, eles também veem os problemas sociais e a crise climática como fatores que impactam o bem-estar. Três em cada quatro pessoas da geração Z concordam que o mundo está no limite de tempo para responder às mudanças climáticas e garantir um futuro. Portanto, sentem que precisam tomar a luta nas próprias mãos: 81% dos brasileiros nessa faixa etária acreditam carregar a responsabilidade de contribuir favoravelmente para suas comunidades. Mais ainda, esperam que as empresas os ajudem nisso. Para eles, o desejo de um mundo melhor é uma questão de sobrevivência.

Leia também: O que os consumidores da geração Z querem das marcas?

Segundo a Edelman, 70% dos jovens estão envolvidos em causas sociais ou políticas. (Foto via Freepik)

Jovens desejam marcas responsáveis e participativas

Para conquistar um consumidor mais consciente, as marcas devem se atentar aos critérios usados por ele na decisão de compra. E ele espera empresas responsáveis que compartilhem das mesmas preocupações sociais e ambientais. 

Segundo a pesquisa de Box1824 e McKinsey, 50% dos consumidores da geração Z já deixaram de comprar de uma empresa que não consideram ética e 87% trocaram empresas envolvidas em escândalos. Por outro lado, 71% dos jovens no Brasil estão dispostos a pagar a mais por produtos de marcas alinhadas com suas causas. Isso é o que aponta a Truth Central, unidade de inteligência do McCann Worldgroup.

Os negócios que quiserem se manter no mercado precisarão atender às aspirações desse público. Os jovens, inclusive, estão otimistas de que conseguirão influenciar positivamente o mercado. Também de acordo com a Truth Central, 75% deles acreditam que podem mudar o comportamento das marcas.

Eles ainda esperam que os negócios os ajudem em sua jornada pessoal. Por exemplo, a GWI revela que 63% dos indivíduos na geração Z consideram importante aprender novas habilidades. Participar desse processo é um interessante caminho para criar uma conexão mais profunda com eles.

Leia também: Como o ESG afeta a decisão de compra do consumidor?

Espontaneidade é a verdadeira influência para a geração Z

Sobre a geração Z, o Google traz a seguinte definição: “Os nascidos entre 1995 e 2010 não admiram muitas marcas, valorizam a publicidade quando é autêntica e têm preocupação coletiva”. Complementando com uma observação da Edelman, eles são inspirados acima de tudo por pessoas reais e criadores de conteúdo acessíveis. Essa influência é mais confiável para os mais jovens.

Portanto, as marcas precisam trabalhar em parceria com microinfluenciadores, que são aqueles influenciadores com até 50 mil seguidores. Eles têm maior proximidade com o público, costumam passar maior credibilidade para falar sobre temas específicos e refletem melhor a realidade dos consumidores da geração Z.

Isso ainda vale para o marketing como um todo. A autenticidade é uma das principais tendências da comunicação não somente entre os jovens, nas com o público em geral, porque agora cada pessoa tem inúmeras ferramentas para descobrir se o que a marca diz é verdadeiro ou não.

Quer saber mais sobre como se conectar com a geração Z? Veja outros materiais que preparamos sobre os consumidores de diferentes idades.

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