5 formas como cidades inteligentes melhoram o dia a dia

23/06/2023

Inovação

5 formas como cidades inteligentes melhoram o dia a dia

É cada vez maior a demanda por cidades inteligentes, capazes de suportar um número elevado de habitantes e aumentar a qualidade de vida ao mesmo tempo.

De acordo com o Relatório Mundial das Cidades 2022, produzido pelo ONU-Habitat, a população urbana ao redor do globo deve aumentar em 2,2 bilhões de pessoas até 2050. Com isso, 68% da espécie humana viverá em centros urbanos.

No entanto, se considerarmos os efeitos do aquecimento global, as disputas por terras e os conflitos em diferentes partes do mundo, o deslocamento populacional pode ser ainda mais rápido.

Mas como as cidades inteligentes são capazes de impulsionar novas soluções urbanas e melhorar a qualidade de vida? É isso o que veremos a seguir, além da própria definição de smart city para facilitar a explicação. Acompanhe!

O que é uma cidade inteligente (smart city)?

A definição de cidade inteligente, ou smart city, refere-se a uma cidade conectada por diferentes tecnologias que auxiliam na gestão de recursos, serviços e infraestrutura urbana. Essas tecnologias de informação e comunicação incluem sensores para monitorar as mais diversas atividades no espaço urbano, a transmissão rápida de grandes volumes de dados possibilitada pelo 5G e a inteligência artificial para automatizar e otimizar a gestão.

Enquanto isso, a definição de smart city da McKinsey é muito próxima: cidades inteligentes adicionam inteligência digital ao ambiente urbano e as usam para resolver problemas públicos e alcançar uma maior qualidade de vida.

Mais ainda, a McKinsey considera três níveis de operação em uma cidade inteligente:

  1. Tecnologia de base: inclui um vasto número de smartphones e sensores conectados a redes de comunicação super-rápidas.
  2. Aplicações específicas: elas traduzem os dados capturados em ações e insights. Isso demanda um ambiente inovador, com fornecedores e desenvolvedores criando tais soluções para a smart city.
  3. Uso difundido: o resultado de qualquer tecnologia depende da adoção. Quanto mais pessoas realmente integrarem as soluções de uma cidade inteligente ao dia a dia, mais eficiente todo o sistema será.

Em Santa Catarina, Florianópolis é um dos exemplos de cidades mais inteligentes no Brasil, de acordo com o Ranking Connected Smart Cities 2022. No estudo desenvolvido pela Urban Systems, a capital catarinense aparece como a segunda cidade mais bem colocada na lista, atrás apenas de Curitiba, no Paraná.

Leia também: Veja 5 motivos por que empreender em Florianópolis

Cidades inteligentes são espaços urbanos perfeitamente conectados. (Imagem via Freepik)

Cidades inteligentes são espaços urbanos perfeitamente conectados. (Imagem via Freepik)

Como as cidades inteligentes melhoram a qualidade de vida?

Descubra adiante cinco maneiras como viver em cidades mais conectadas pode melhorar a qualidade de vida dos habitantes.

1) Menos tempo no trânsito

Diferentes pesquisas mostram que os brasileiros passam, em média, de 21 a 32 dias no trânsito por ano. Ou seja, perde-se quase um mês em deslocamentos anualmente, o que afeta bastante a qualidade de vida.

Contudo, cidades inteligentes podem cortar o tempo de locomoção em 15% ou 20%, em média, conforme aponta a McKinsey. Elas fazem isso de diferentes maneiras:

Além disso, estacionamentos conectados com a Internet das Coisas podem avisar o smartphone do motorista sobre vagas disponíveis, reduzindo o tempo necessário para estacionar.

2) Cidades inteligentes são mais sustentáveis

As smart cities fazem uma melhor gestão de recursos naturais, como água e eletricidade.

Um exemplo disso está na iluminação pública: a cidade de Barcelona, na Espanha, é conhecida por ter economizado 37 milhões de dólares anuais ao instalar sensores inteligentes nos postes de luz.

Já em relação à água, uma das maiores fontes de desperdício vem de vazamentos da tubulação pública. Sensores instalados nos tubos então podem reduzir as perdas em até 25%. Essa economia para a natureza é refletida em melhores condições de vida para a sociedade.

3) Maior segurança

Cidades inteligentes não são uma solução completa para a criminalidade, mas algumas experiências mostram como podem aumentar a sensação de segurança urbana. Uma melhor iluminação e a ampliação da vigilância já são capazes de reduzir o número de crimes em uma área.

Os sensores monitorando a infraestrutura da cidade também contribuem para a maior segurança das construções, no trânsito e diante de fenômenos naturais.

4) Mais cuidado com a saúde

O foco da cidade inteligente não está na tecnologia em si, mas em como isso pode contribuir para uma vida melhor. Ou seja, é o ser humano que está no centro da smart city.

O que a tecnologia pode ajudar é na identificação de riscos à saúde e no monitoramento de grupos mais sujeitos a determinados problemas. Por exemplo: se a população de um bairro tem uma maior incidência de diabetes que os demais da mesma região, o poder público pode desenvolver campanhas e políticas que previnam tal situação.

Outro cuidado importante com a saúde vem da melhor gestão do lixo e de resíduos. Tais elementos, se não corretamente destinados, tornam-se um problema sanitário e um risco para o surgimento de doenças.

5) Comunicação governamental mais transparente

Uma das principais características das cidades inteligentes é a transparência na relação entre o poder público e a população. 

Prefeituras e secretarias passam a ser muito mais conectadas com o propósito de informar, orientar e tornar os serviços ao cidadão mais acessíveis. Inclusive, a publicação de diversas informações governamentais é obrigatória por lei. Saiba melhor sobre esse tema com nosso guia de publicidade legal e balanços.

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