Comércio rápido (quick commerce) é tendência do varejo

22/02/2024

VAREJO

Comércio rápido (quick commerce) é tendência do varejo

Para quem deseja vender mais no varejo, especialmente no e-commerce, a velocidade é essencial. Até mesmo o tempo de abertura de uma página, quando aumenta de um para três segundos, eleva a chance de abandono do consumidor em 32%, segundo o Google.

Essa tendência do varejo aplica-se também ao prazo de entrega das compras pela internet. Mais da metade dos consumidores brasileiros conectados desistem de comprar caso o tempo de entrega seja elevado.

Então surge uma questão importante: você sabe o que é quick commerce? Ou comércio rápido? Aí pode estar a resposta para seu negócio conquistar o público no e-commerce, garantindo a rapidez desejada pelo consumidor. Saiba mais a seguir!

O que é quick commerce (comércio rápido)?

O quick commerce é um modelo logístico de entregas super-rápidas no varejo em que as compras pela internet são recebidas pelos consumidores em questão de minutos ou em poucas horas. É um e-commerce turbinado na velocidade de chegada dos produtos.

Quick commerce, ou q-commerce, significa comércio rápido na tradução do inglês para o português. Pense em um delivery de comida, só que para remédios, itens de supermercado, presentes e outras categorias.

Essa modalidade de entrega ágil oferece muito mais que uma comodidade para os clientes. É também uma vantagem competitiva para os negócios. Em alguns casos, pode gerar até uma nova fonte de renda.

A partir disso, podemos destacar as vantagens do quick commerce como:

Tudo isso porque o comércio rápido está alinhado com o desejo de satisfação imediata do consumidor atual.

Leia também: O que faz um e-commerce atrair o consumidor digital?

O quick commerce é uma tendência do varejo on-line focada na agilidade. (Foto via Freepik)

Velocidade é chave para o sucesso do e-commerce

De acordo com o relatório Tendências do Varejo 2024, do Opinion Box, 77% dos brasileiros conectados fizeram alguma compra on-line nos últimos doze meses. Mais ainda, em parceria com a Octadesk, o Opinion Box também revela que 85% desses indivíduos compram pela internet ao menos uma vez por mês. Já a 48ª edição do Webshoppers, estudo produzido pela NIQ Ebit, informa que o Brasil tem 53 milhões de consumidores no e-commerce.

Há público no País para o comércio eletrônico — os números são claros quanto a isso. Mas como destacar seu negócio nesse meio?

A agilidade de entrega é uma das principais respostas. Segundo o relatório E-commerce Trends 2024, o prazo de entrega é o terceiro fator que mais influencia na escolha da compra pela internet, indicado por 48% do público. Ele vem logo abaixo do frete grátis e de promoções.

Uma pesquisa da Capterra vai mais longe e coloca a rapidez como o fator mais importante em relação às entregas, com 49% de preferência dos brasileiros. Em categorias como supermercado e medicamentos, mais de 50% do público espera receber os produtos no mesmo dia. Inclusive, 35% dos compradores em medicamentos e 30% em itens de supermercado desejam receber a compra em menos de uma hora.

Enquanto isso, o relatório Tendências do Varejo 2024 salienta que 52% dos consumidores desistem de comprar on-line diante de um prazo de entrega longo.

Esses dados destacam a importância para o varejo investir em uma logística de entrega ágil. Disso pode depender a própria sobrevivência do negócio.

Leia também: Os motivos para o abandono de carrinho e como evitá-los

Como funciona o quick commerce?

Vimos até aqui o que é quick commerce e por que ele é importante para o varejo. Mas como isso funciona na prática?

Para realizar o comércio rápido não basta apostar só na entrega. Todas as escolhas do negócio devem estar voltadas a possibilitar essa agilidade na reta final de um pedido.

Estrutura

Tudo começa com a escolha da localização das lojas ou dos centros de distribuição. O q-commerce costuma ter um raio de atuação de poucos quilômetros. É por isso que estão despontando novos modelos de estabelecimentos, como as dark stores, ou lojas ocultas. Elas permitem reduzir o tempo de entrega dos pedidos por gerirem os estoques mais perto do consumidor final.

Estoque

Depois, há a seleção do estoque. Quanto maior a oferta de produtos, mais difícil atuar com o comércio rápido. Então, as marcas que utilizarem essa estratégia precisam definir bem quais necessidades locais pretendem atender. Vale fazer uma boa pesquisa de mercado para isso.

Sistema de pagamento

Ter canais de venda digitais é algo imprescindível. Mas não só isso. Também é preciso ter um sistema de pagamento ágil para dar andamento ao pedido o quanto antes.

Colaboradores

É claro, não adianta prometer uma entrega rápida para o consumidor se não há funcionários dedicados dentro da empresa a atender os pedidos on-line. Optar por uma estratégia de q-commerce pode implicar uma reestruturação interna ou novas contratações na empresa.

Entrega rápida

A entrega é somente o último passo do quick commerce. Como vimos, antes disso são necessárias várias etapas para fazê-lo funcionar. 

Por fim, para fazer os produtos chegarem ao consumidor, seu negócio pode contar com entregadores próprios ou terceirizados. Nada de Correios ou operações logísticas complexas, já que o raio de atuação é curto. O importante é que essa entrega seja rápida.

Gostou de saber o que é quick commerce? Já pratica ou pretende implementar essa estratégia no seu negócio? Para saber outras maneiras de crescer no varejo, descubra mais tendências de consumo.

 

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