O cenário do empreendedorismo feminino em Santa Catarina

18/11/2025

O cenário do empreendedorismo feminino em Santa Catarina

O Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino, comemorado anualmente em 19 de novembro, é uma data importante para incentivarmos a criação de empresas lideradas por mulheres. No Brasil, elas já são chefes de 51,7% dos domicílios, segundo o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (RASEAM) 2025. Mas, nos negócios, ainda representam cerca de um terço deles.

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Os setores em que as mulheres empreendedoras são mais presentes

Um levantamento do Sebrae SC mostra que existem mais de 10 milhões de mulheres donas de negócio no Brasil, o que representa 34% dos empreendimentos no País. Os dados vêm da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, referentes ao segundo trimestre de 2025.

Já em Santa Catarina, existem 513 mil empresas com lideranças femininas, o que coloca o Estado com uma representatividade um pouco maior que a média nacional, de 35% entre as catarinenses.

No entanto, a participação das mulheres empreendedoras varia bastante de setor para setor. Nos serviços, elas são 62,3% em Santa Catarina. E uma área como a moda catarinense, englobando a indústria e o comércio, registra até 76% de empresárias nesse mercado.

Conheça os setores com a maior participação de mulheres empreendedoras em SC:

  1. Serviços: 62,3%
  2. Comércio: 21,7%
  3. Indústria: 13%
  4. Construção: 2,8%
  5. Agronegócio: 0,3%

Além disso, a Grande Florianópolis é a região de Santa Catarina onde elas estão mais bem representadas, com 39,1% dos negócios. Já o Meio-Oeste tem a menor representatividade, de 32,5%.

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A formalização do empreendedorismo feminino em Santa Catarina

No Estado, 61,5% das empresas lideradas por mulheres enquadram-se na categoria de microempreendedoras individuais (MEIs). Esse percentual é mais alto que a média geral catarinense, incluindo-se aí também os homens, de 51,4%.

Por um lado, a elevada concentração de MEIs mulheres em Santa Catarina mostra uma grande capacidade de formalização delas nesse mercado. Aliás, o Sebrae ressalta que as donas de negócios no Estado também apresentam um nível educacional maior em comparação com os homens. Entre elas, 41,6% têm o ensino superior, contra 26,4% deles.

Por outro lado, as mulheres empreendedoras enfrentam uma maior dificuldade de acesso a capital e de escalar os negócios. Inclusive, o relatório “Mulheres Empreendedoras e seus Negócios 2025”, do Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME), aponta que o acesso a crédito para elas é marcado pelo acesso desigual e por critérios de análise questionáveis.

Essa realidade então se reflete na remuneração média mensal. Enquanto eles recebem R$ 5.319, elas ganham R$ 4.086, uma diferença de 23,2% segundo o Sebrae SC.

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O empreendedorismo e a participação da mulher no mercado de trabalho

O Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino é uma iniciativa da Organização das Nações Unidas para promover a presença de mulheres no mercado empresarial. A própria ONU ressalta que a sub-representação delas pode prejudicar o crescimento econômico e o emprego decente.

Mais ainda, a renda perdida devido à inatividade delas nos negócios pode chegar a 30% do produto interno bruto (PIB) em países com grandes disparidades de gênero.

Em um nível mais pessoal, aqui no Brasil, o empreendedorismo feminino é marcado sobretudo por duas palavras: liberdade e responsabilidade.

O desejo por alguma forma de liberdade é um enorme atrativo para as mulheres no empreendedorismo, principalmente a independência financeira. Ter mais flexibilidade de horários e autonomia para tomar decisões também são descritos pelo IRME como fortes motivos para empreender.

Outra motivação é a responsabilidade que assumem de sustentar a si próprias e a mais pessoas. Por exemplo, uma em cada três mulheres ouvidas pelo IRME são mães solo e 69,4% cuidam do sustento além do seu.

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