Santa Catarina mantém quatro cidades entre as cinco com maior preço dos imóveis residenciais para venda no Brasil, de acordo com o Índice FipeZAP. O metro quadrado no Estado segue valorizando acima da média nacional graças ao impulso do mercado imobiliário de luxo, principalmente no litoral. No entanto, são as vendas do Minha Casa, Minha Vida que vêm aquecendo o setor em 2025. Saiba mais a seguir!
O preço dos imóveis e outros destaques do mercado imobiliário de SC:
- seis de sete cidades catarinenses analisadas valorizam acima da média;
- Balneário Camboriú permanece com o preço dos imóveis mais elevado do País;
- o mercado de luxo catarinense tem inspirado outros estados Brasil afora;
- mas foi graças ao MCMV que o volume de venda de imóveis cresceu 6,9%.
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A valorização do mercado imobiliário catarinense
O Índice FipeZAP de Venda Residencial acompanha o preço dos imóveis em 56 cidades brasileiras, sendo sete catarinenses entre elas: Balneário Camboriú, Blumenau, Florianópolis, Itajaí, Itapema, Joinville e São José.
Na média brasileira, os imóveis valorizaram 4,45% no acumulado entre janeiro e agosto de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. Das sete cidades catarinenses, apenas em Joinville o preço ficou abaixo do patamar nacional.
Variação do preço dos imóveis em SC até agosto:
- Itapema: +8,71%
- São José: +8,43%
- Itajaí: +7,03%
- Balneário Camboriú: +6,74%
- Florianópolis: +6,48%
- Blumenau: +5,87%
- Joinville: +3,19%
As cidades catarinenses já não estão entre as que mais valorizam no mercado imobiliário do País. O posto agora é ocupado por Vitória, no Espírito Santo, com as capitais da região Nordeste vindo na sequência.
Mas Santa Catarina ainda lidera quando o assunto é o metro quadrado mais caro do Brasil. Balneário Camboriú segue sua hegemonia nesse sentido, com outras três cidades próximas entre as cinco de preço médio mais elevado no Índice FipeZAP.
Preço médio do metro quadrado de venda residencial:
- Balneário Camboriú: R$ 14.839
- Itapema: R$ 14.674
- Vitória: R$ 14.117
- Itajaí: R$ 12.639
- Florianópolis: R$ 12.519
Como comparação, o preço médio do metro quadrado de venda residencial nas 56 cidades analisadas ficou em R$ 9.423 no mês de agosto deste ano.
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Mercado de luxo em SC inspira o preço dos imóveis pelo Brasil
Percebe-se pelos números acima que o litoral de Santa Catarina é a região do Brasil com os imóveis residenciais para a venda mais caros. Esse aspecto do mercado imobiliário catarinense, inclusive, tem servido de inspiração para outras partes do País.
Cidades como Balneário Camboriú, Itapema e Porto Belo, esta última que não entra no Índice FipeZAP, mas vive um boom imobiliário igualmente impressionante, são cases de sucesso para o setor. Como destaca Kássia Salles da Silva no NSC Total, “o litoral catarinense se tornou o principal foco da compra e venda de imóveis, especialmente os de luxo”, o que despertou o interesse de empresas lá no litoral nordestino.
— Muitos empreendedores estão fazendo lançamentos na parte mais nordeste do Brasil e estão olhando para Santa Catarina como exemplo — também comenta Marcos Leite, CRO e CMO do Grupo OLX, que está à frente de algumas das principais plataformas de compra e venda de imóveis no Brasil.
O resultado já se vê no preço dos imóveis nas capitais nordestinas no acumulado deste ano até agosto. Salvador (+12,5%), João Pessoa (+11,86%) e São Luís (+10,33%) — nos estados de Bahia, Paraíba e Maranhão, respectivamente — são bons exemplos disso.
Mercado imobiliário deve crescer mesmo com o aumento dos juros.
Imóveis de luxo elevam preços, mas MCMV puxa vendas
A valorização trazida pelos imóveis de luxo, no entanto, não deve ser o único sinal para avaliar a saúde do mercado imobiliário. Aliás, as vendas de médio e alto padrão estiveram em queda no primeiro semestre de 2025.
De acordo com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), o valor das vendas nessa categoria caiu 0,5% de janeiro a junho deste ano, em relação ao mesmo período de 2024, somando R$ 12,2 bilhões. Já o volume despencou 17,2%, totalizando 17.502 unidades comercializadas.
Enquanto isso, as vendas pelo Minha Casa, Minha Vida (MCMV) alcançaram as marcas de R$ 17,3 bilhões em valor e 74.855 unidades. Houve um crescimento de 16,5% no primeiro caso e de 15% no segundo.
Ou seja, foi graças ao MCMV que o mercado imobiliário brasileiro terminou o semestre com um saldo positivo de vendas. No total, registrou altas de 6,9% em volume vendido e de 5,9% no valor das vendas.
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