Agtechs são empresas de tecnologia que desenvolvem soluções inovadoras para o agronegócio. Mais do que aumentar a eficiência da gestão no campo, elas são importantes para garantir a qualidade e a quantidade de alimentos necessários à vida, além de permitirem um uso mais consciente dos recursos naturais. Santa Catarina, por sinal, vem se destacando nesse ecossistema, como mostraremos a seguir.
Veja os destaques das agtechs no Brasil, em SC e em Florianópolis:
- havia 1972 agtechs no Brasil em atividade no ano de 2024;
- Santa Catarina é o quinto estado com o maior número delas;
- apenas em Florianópolis, foram catalogadas 49 agtechs;
- e há 6,1 mil empresas de tecnologia na capital catarinense, ao todo.
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O panorama das agtechs em Santa Catarina
O Radar Agtech Brasil 2024, publicado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em 2025, mapeou o ecossistema de inovação para o campo no País. Santa Catarina aparece em destaque nesse relatório como um dos estados que mais avançaram em número de empresas de tecnologia voltadas ao agronegócio.
Entre 2019 e 2024, Santa Catarina quase dobrou o número de agtechs, partindo de 70 delas para 134. Um aumento de 91,4%.
O Estado também ocupa a quinta posição nacional em quantidade de negócios tecnológicos para o campo. Inclusive, três cidades catarinenses aparecem entre os 20 municípios com maior número de agtechs no Brasil.
As cidades de Santa Catarina com mais agtechs:
- Florianópolis: 49 empresas (7ª posição no Brasil)
- Joinville: 16 empresas (17ª posição no Brasil)
- Chapecó: 15 empresas (19ª posição no Brasil)
Florianópolis, além da sétima posição geral no País, destaca-se por ter a segunda maior concentração de agtechs entre os municípios brasileiros com mais de dez empresas do tipo. De 2019 a 2024, viu-se ali um salto de 133% no número delas. São 8,5 agtechs a cada 100 mil habitantes na capital catarinense, ficando atrás somente de Piracicaba, em São Paulo, com 14,36 agtechs a cada 100 mil habitantes.
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As soluções das agtechs para a cadeia do agronegócio
A Embrapa contabilizou 1.972 agtechs no Brasil em 2024. Isso representa um acréscimo de 75% em relação a 2019. Quer dizer, também, que tanto Santa Catarina quanto Florianópolis crescem em um ritmo mais acelerado que o do País na oferta de soluções tecnológicas para o agronegócio.
Por sinal, considerando todo o ecossistema nacional de agtechs, percebemos como essas soluções estão cada vez mais direcionadas para dentro da fazenda.
Distribuição de agtechs por atuação entre 2019 e 2024:
- Antes da fazenda: 17,5% / 16,9%
- Dentro da fazenda: 35,2% / 41,7%
- Depois da fazenda: 47,3% / 41,3%
Em números totais, foram registradas 366 empresas com tecnologias direcionadas a antes da fazenda, 818 dentro e 788 depois, isso em 2024. Mas o que significa exatamente cada um desses segmentos?
“Antes da fazenda” engloba acesso a crédito, compra de insumos, aquisição de máquinas e implementos agrícolas e tudo que o produtor rural precisa para dar início à produção.
“Dentro da fazenda” abrange um conjunto de soluções para otimizar a produção e a gestão da propriedade, como a automação agrícola, o monitoramento do uso de água e o controle de insumos.
“Depois da fazenda” envolve a logística, a distribuição, o processamento, a embalagem, a comercialização e até o consumo, ou seja, as etapas que ocorrem fora das mãos do produtor.
Dessa forma, as agtechs trazem inovação, praticidade e otimização para toda a cadeia do agronegócio.
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O mercado de tecnologia em Florianópolis
Todo o ecossistema de tecnologia da capital catarinense merece destaque. Afinal, estamos falando da 12ª cidade com o maior número de empresas tecnológicas no Brasil, de acordo com o Observatório ACATE. Em 2023, Florianópolis somava 6,1 mil empreendimentos no setor.
Entre 2018 e 2023, a cidade ganhou mais de 4 mil empresas de tecnologia, consolidando-se como um polo de inovação não só no Brasil, como na América Latina.
Outro dado interessante nesse sentido diz respeito à participação do ecossistema de inovação na economia de Florianópolis. O faturamento de R$ 12 bilhões do setor em 2023 representou 25% do produto interno bruto (PIB) da capital catarinense no ano.
Não à toa, ela é reconhecida como a Capital Nacional das Startups.
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