O varejo ampliado de Santa Catarina cresceu acima da média nacional em 2024, de acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado tem a marca do mercado automotivo catarinense, que impulsionou o comércio no Estado. Mas esse não foi o único segmento que registrou um desempenho expressivo no último ano.
Conheça os principais números do varejo de SC em 2024:
- o varejo ampliado teve alta de 7,2% no acumulado de janeiro a dezembro;
- já o resultado do varejo restrito foi 4,1% superior em relação a 2023;
- sete das onze categorias analisadas fecharam o ano com saldo positivo;
- o setor ainda prevê um novo crescimento para 2025, aponta a Fecomércio SC.
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Varejo ampliado de Santa Catarina supera a média brasileira
A Pesquisa Mensal de Comércio, do IBGE, informa que o volume de vendas do setor no Brasil como um todo em 2024 subiu 4,7% no varejo restrito e 4,1% no ampliado. Isso em comparação com o ano anterior.
No varejo restrito, Santa Catarina aparece um pouco atrás do patamar nacional, com uma alta acumulada de 4,1%. Ainda assim, o Estado tem a comemorar o fato de que esse foi o melhor desempenho do setor desde 2020, quando então registrou um crescimento de 5,6% frente a 2019.
Por outro lado, o varejo ampliado catarinense superou a média brasileira com sobra. Ele inclui três categorias: veículos, motocicletas, partes e peças; material de construção; e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, o famoso atacarejo. Nesse sentido, o mercado catarinense cresceu 7,2% em 2024.
Para Hélio Dagnoni, presidente da Fecomércio SC, o resultado é efeito do ganho real na renda dos consumidores e do mercado de trabalho aquecido. Nesse sentido, tanto o Brasil quanto Santa Catarina fecharam 2024 com as menores taxas de desemprego da história. Enquanto o País teve um percentual médio de 6,6% no ano, a desocupação no Estado recuou para 2,9% no último trimestre, segundo os dados do IBGE.
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Mercado automotivo lidera o crescimento do varejo de SC
Sete das onze categorias averiguadas na Pesquisa Mensal de Comércio apresentaram resultados positivos no Estado em 2024. Apenas equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-0,3%), combustíveis e lubrificantes (-1,1%), tecidos, vestuário e calçados (-3,7%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-3,8%) registraram quedas no período.
Já um segmento que só tem motivos para comemorar é o de veículos, motocicletas, partes e peças. Sozinho, ele teve um aumento de 17,2% em volume de vendas na comparação com 2023.
Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) reforçam esse ótimo momento do mercado automotivo catarinense. Segundo a entidade, o número de emplacamentos em Santa Catarina cresceu 20,69% em 2024.
Outros três segmentos do varejo estadual alcançaram um crescimento acima dos cinco por cento no ano:
- Veículos, motocicletas, partes e peças: 17,2%
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos: 11,9%
- Tecidos, vestuário e calçados: 8,8%
- Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo: 5,8%
Para completar, mais um destaque do setor foi a alta de 4,6% no volume de vendas em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo.
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A expectativa para o comércio catarinense
O ano de 2025 deve trazer novo crescimento para o varejo no Brasil, de acordo com a estimativa da Confederação Nacional do Comércio. A CNC projeta um avanço de 1,9% para o setor na comparação com 2024.
Essa expectativa leva em consideração o impacto da inflação e da alta dos juros no mercado. A estratégia do Comitê de Política Monetária (Copom) é desacelerar a economia para que a inflação fique sob controle. Espera-se, portanto, um consumo apenas ligeiramente maior neste ano.
Entretanto, a Fecomércio SC estima que o varejo de Santa Catarina terá um resultado melhor que a média brasileira em 2025. O crescimento projetado é superior aos 2%.
— É inegável que o aumento dos juros têm um efeito de retração no consumo, porém acreditamos que esse impacto deve ser sentido mais fortemente no segundo semestre. Também estamos atentos aos índices de inflação, que é outro fator que diminui o poder de compra, especialmente da população de mais baixa renda — comenta Dagnoni.
O cenário é, sem dúvida, desafiador. Mas a economia catarinense tem tudo para mostrar mais uma vez sua resiliência e continuar crescendo. Assine a newsletter do Negócios SC e fique por dentro das novidades e oportunidades no Estado.
