Os principais relatórios de tendências têm apontado as profundas transformações na área da saúde influenciadas por novas tecnologias. Por exemplo, o “2025 Tech Trends Report”, do Future Today Strategy Group, destaca como a inteligência artificial (IA), a nuvem e as inovações voltadas para os consumidores finais estão remodelando o setor.
Para onde a área da saúde está indo com tanta inovação?
- mais que ferramentas, as empresas precisam investir em infraestrutura;
- diferentes tecnologias estão impulsionando novos modelos de negócio na saúde;
- mas a segurança de dados é uma preocupação crescente nesse cenário;
- enquanto isso, novos tratamentos podem substituir o uso de remédios.
A seguir, vamos aprofundar esse tema. Acompanhe!
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5 formas como a tecnologia está transformando a área da saúde
1. O papel das big techs
Não se espante se ouvir notícias de empresas como Google, Microsoft, Amazon e Apple relacionadas à área da saúde. Elas têm um papel importante de redefinir a atuação do setor por meio de IA, computação na nuvem, dispositivos para usar no dia a dia e serviços para o consumidor.
A Microsoft, por exemplo, vem expandindo suas soluções para a saúde com a inteligência artificial, auxiliando nos diagnósticos e nas recomendações de tratamentos. Com a aquisição da Nuance, ela também pretende facilitar a rotina de profissionais de saúde com uma ferramenta de transcrição de voz para texto.
Para dar conta dessa demanda de IA, a Nvidia é outra empresa essencial para o setor, dando maior poder de computação aos serviços médicos inteligentes.
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2. Infraestrutura e interoperabilidade de dados
O relatório do Future Today Strategy Group lembra que a área da saúde só poderá avançar na transformação tecnológica, especialmente no uso de IA, com uma infraestrutura adequada para coletar, gerenciar e aplicar um grande volume de informações.
É por isso que mais e mais provedores de serviços em saúde estão investindo não só em ferramentas, como os prontuários eletrônicos dos pacientes, mas também em soluções na nuvem para escalar o processamento dos dados além das limitações físicas do próprio negócio.
Entretanto, certos dados precisam ser comunicados entre os provedores. Usando o prontuário eletrônico como exemplo, acessar o histórico de um paciente em estabelecimentos médicos por onde ele já passou pode fazer uma grande diferença no tratamento. Daí a importância da interoperabilidade de dados.
3. Cibersegurança na área da saúde
A tecnologia traz uma série de avanços para o cuidado com a saúde, ao mesmo tempo que eleva alguns riscos. Devido à maior disponibilidade de dados on-line, o setor está mais exposto às ameaças virtuais. Apenas entre 2018 e 2023, houve um crescimento de 239% em ataques de hackers, segundo o HIPAA Journal.
A cibersegurança, portanto, é um dos temas mais importantes ao se falar de tecnologias para a saúde. Isso envolve investir em sistemas mais modernos e mais seguros, formar parcerias estratégicas e multidisciplinares para prevenir ataques, contratar profissionais especializados e treinar os demais usuários dentro de uma cultura de prevenção de riscos.
Outra ameaça são os deepfakes, ou seja, vídeos e áudios falsos gerados por IA para enganar o público em assuntos de saúde. Eles podem promover produtos e tratamentos sem qualquer comprovação científica ou até danosos. Pior ainda, são capazes de personificar os profissionais de determinada instituição para aplicar golpes nos pacientes.
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4. Clínicas em casa
Tradicionalmente, os atendimentos de saúde são feitos em clínicas, hospitais e outros estabelecimentos do tipo. Porém, em muitos casos, isso não precisa ser assim e a adoção da telemedicina durante a pandemia de Covid-19 mostrou novas possibilidades de cuidado ao público.
A popularização de dispositivos pessoais, como os relógios inteligentes, é outro passo nessa direção. Ao lado de espelhos dotados de sensores e mais uma série de gadgets capazes de medir os sinais vitais dos usuários, agora os profissionais de saúde podem acompanhar os pacientes à distância, sem a necessidade de visitas frequentes ao consultório.
5. A eletricidade como remédio
O uso de impulsos elétricos para tratamentos relacionados aos nervos não é uma novidade nem surpreende, uma vez que o sistema nervoso trabalha com sinais eletroquímicos. Mas uma inovação interessante no campo da medicina é a aplicação de tais impulsos em outras funções.
Nesse sentido, o relatório “The Future 100”, da VML Intelligence, cita um estudo da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos. Ali, os pesquisadores estão desenvolvendo um curativo para acelerar a cura a partir desses impulsos elétricos. Algo parecido é trabalhado na Universidade de Chicago, com o objetivo de combater bactérias que estão mais resistentes a medicamentos tradicionais.
Esses são alguns exemplos de como a tecnologia está transformando a área da saúde. Para ficar por dentro de mais inovações nesse e em outros setores, assine a newsletter do Negócios SC.