Rendimento médio em Santa Catarina aumenta 12% em um ano

12/05/2025

Novidades no setor

Rendimento médio em Santa Catarina aumenta 12% em um ano

Sete em cada dez catarinenses têm algum tipo de renda, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes a 2024. Isso coloca Santa Catarina à frente dos demais estados no Brasil e também contribui para um rendimento médio estadual acima da média do País. A seguir, o Negócios SC traz outros números animadores nesse sentido.

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Rendimento médio em Santa Catarina cresce acima do Brasil

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do IBGE, trouxe resultados muito positivos em relação à renda dos brasileiros em 2024.

Em primeiro lugar, a pesquisa destaca que o rendimento médio mensal real da população chegou a R$ 3.057 no ano passado. Isso não representou apenas um crescimento de 7,4% na comparação com 2023, como superou um recorde que persistia desde 2014, quando alcançou o patamar de R$ 2.974.

Esse valor inclui outras fontes além do trabalho, como aposentadorias, pensões, aluguéis, aplicações financeiras, benefícios de programas sociais etc. Então, se considerarmos apenas o rendimento médio mensal real do trabalho, o resultado em 2024 foi de R$ 3.225. Novamente, houve alta em relação a 2023, de 3,7%, e um valor recorde nesse quesito.

Já em Santa Catarina, o rendimento médio mensal real de todas as fontes cresceu 12,1%  e ficou em R$ 3.590. Isso fez o Estado subir uma posição nacional e alcançar o quarto lugar entre as unidades federativas com o maior rendimento médio da população.

Estados com o maior rendimento médio em 2024:

  1. Distrito Federal: R$ 5.147
  2. São Paulo: R$ 3.785
  3. Rio de Janeiro: R$ 3.618
  4. Santa Catarina: R$ 3.590
  5. Rio Grande do Sul: R$ 3.571

Santa Catarina também registrou uma alta no rendimento médio mensal habitualmente recebido só com o trabalho. Em 2024, o valor foi de R$ 3.698, ou 7,6% superior ao observado em 2023.

3 dados que mostram o crescimento da economia de Santa Catarina.

Santa Catarina tem o melhor desempenho de emprego e renda no País

Outro dado relevante da PNAD Contínua chama a atenção não só para o valor, mas para o percentual de catarinenses que têm algum rendimento.

Na média, 66,1% dos brasileiros recebem de alguma fonte de renda, entre o trabalho, os benefícios sociais, a aposentadoria, os investimentos etc. Já Santa Catarina lidera, ao lado do Rio Grande do Sul, o ranking entre os estados, com 70,9% da população possuindo algum tipo de rendimento.

Não é qualquer surpresa, portanto, que Santa Catarina apareça também em primeiro lugar no IFDM Emprego & Renda — o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal — de 2025. O indicador avalia a capacidade de geração de empregos e de distribuição de renda nos municípios, classificando-os em uma escala de desenvolvimento que vai de “Crítico” a “Alto”.

Santa Catarina apresentou o melhor desempenho nesse aspecto, com 95,9% dos municípios classificados em níveis de desempenho alto ou moderado. Contribuiu para esse resultado o fato de que o Estado tem uma das menores taxas de desemprego no País, de apenas 2,9% no fechamento de 2024.

Compare a desigualdade no Brasil e Santa Catarina em 3 dados.

O terceiro melhor saldo de empregos do Brasil

Santa Catarina ainda se destaca por outro fator. É o estado com a menor desigualdade do rendimento médio mensal real habitualmente recebido com o trabalho no País, medida pelo Índice de Gini. 

Em uma escala de 0 a 1, quanto mais próximo de 1, maior é a desigualdade de rendimentos do trabalho. Nesse caso, Santa Catarina é o estado menos desigual do País, com um Índice de Gini de 0,412 em 2024. Como comparação, a média brasileira ficou em 0,488 no dados do IBGE.

Essa é uma forma de dizer que o Estado tem muitas oportunidades de emprego e também que tais oportunidades são bem remuneradas. Isso reduz a disparidade entre aqueles que recebem mais daqueles que ganham menos.

Falando em empregos, Santa Catarina registrou o terceiro melhor saldo do Brasil em março de 2025. Foram 9.841 postos de trabalho com carteira assinada a mais no mês, totalizando 63.591 novos empregos formais no primeiro trimestre do ano, conforme o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).

Com tantos catarinenses trabalhando e com um rendimento médio acima do patamar brasileiro, Santa Catarina permanece como o estado menos dependente do Bolsa Família. Apenas 4,4% dos domicílios catarinenses participam do programa. 

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