Dados da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (JUCESC) mostram que foram abertas mais de 217 mil empresas catarinenses em 2025, até meados de setembro. Contudo, nesse mesmo período, outras mais de 111 mil encerraram as atividades. De acordo com o Sebrae SC, os pequenos negócios são os mais sujeitos a fechar as portas em pouco tempo. A seguir, saiba como eles podem aumentar a taxa de sobrevivência no mercado.
Trabalhando pela longevidade dos pequenos negócios catarinenses:
- quatro em cada dez empresas fecharam as portas no Estado entre 2020 e 2024;
- o tempo médio dos empreendimentos encerrados é de 29 meses;
- quanto menor o porte do negócio, mais reduzida é a taxa de sobrevivência;
- mas o Sebrae SC oferece dicas para elevar suas chances de sucesso.
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Uma análise da taxa de mortalidade das empresas catarinenses
O Sebrae SC publicou neste ano um “Diagnóstico da mortalidade dos pequenos negócios em Santa Catarina”, com informações relevantes para quem busca empreender com sucesso.
Entre os anos de 2020 e 2024, a taxa de mortalidade dos pequenos negócios catarinenses ficou em 41,5%. Isso coloca Santa Catarina em um patamar melhor que a média nacional. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 60% das empresas não resistem após cinco anos. O Estado ainda tem a oitava menor taxa de mortalidade empresarial no País, como aponta o Sebrae SC.
No meio disso, alguns setores da economia catarinense são mais propensos ao encerramento das empresas, nomeadamente o comércio e os serviços.
Taxa de mortalidade por setor entre 2021 e 2025:
- Comércio: 45,8%
- Serviços: 42,4%
- Indústria: 38%
- Agropecuária: 37,2%
- Construção: 31,1%
Tanto o comércio quanto o setor de serviços concentram muitas empresas, portanto, registram alta concorrência. Além disso, trabalham com margens de lucro reduzidas e são afetados por mudanças no comportamento de consumo dos catarinenses. Tais razões explicam por que apresentam uma taxa de sobrevivência menor.
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Os pequenos negócios são mais vulneráveis
Entre os pequenos negócios que encerraram as atividades em Santa Catarina, o tempo médio de existência é de 29 meses. Nem dois anos e meio.
Quanto menor o porte da empresa, maior a vulnerabilidade, por sinal. Os microempreendedores individuais (MEIs) têm uma taxa de mortalidade do negócio muito maior que a das microempresas (MEs) ou empresas de pequeno porte (EPPs).
Taxa de mortalidade por porte entre 2021 e 2025:
- MEI: 55,3%
- ME: 27,5%
- EPP: 14,1%
O Sebrae SC ressalta o menor capital de giro e a falta de planejamento como motivos para essa baixa sobrevivência dos MEIs no mercado. Mas é preciso fazer algumas ressalvas nesse sentido.
Em primeiro lugar, Santa Catarina registra uma proporção maior de MEIs que abrem empresas (75,4%) do que fecham (72%). Os dados são referentes a 2025, entre janeiro e agosto, segundo o Mapa das Empresas, do Governo Federal.
Isso indica a possibilidade de que haja uma baixa no CNPJ, e não necessariamente a perda do empreendedor. Novas empresas ocupam o lugar das que fecharam.
O segundo ponto é uma possível transição de MEIs para o modelo de trabalho CLT. Santa Catarina, mesmo com a menor taxa de desemprego do Brasil em 2025, de apenas 2,3% no segundo trimestre, acumulou um saldo de 83 mil novos postos de trabalho com carteira assinada de janeiro a julho, como informa o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Para aqueles que empreenderam exclusivamente como uma necessidade de renda, aí pode estar a justificativa para fechar a empresa.
Feitas essas ressalvas, os pequenos negócios catarinenses que desejarem persistir e prosperar ainda encontrarão certas dificuldades. Então, é preciso se preparar bem.
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Dicas para aumentar a taxa de sobrevivência dos pequenos negócios
O diagnóstico do Sebrae SC pontua dez fatores que levam ao fechamento dos pequenos negócios, combinando elementos estruturais, conjunturais e comportamentais. São eles:
- falta de planejamento;
- gestão financeira frágil;
- falta de capacitação;
- localização inadequada;
- ausência de comportamento empreendedor;
- baixa diferenciação competitiva;
- dificuldade de acesso a crédito;
- mudanças no comportamento do consumidor;
- burocracia e carga tributária;
- fatores macroeconômicos, políticos e ambientais.
A partir disso, o documento traz seis lições para aumentar a taxa de sobrevivência no mercado. Veja adiante quais delas você já aplica no seu negócio e quais ainda precisa exercitar.
1. Planejamento desde o início
Uma organização, mesmo que mínima, já aumenta suas chances de sucesso. Então, como dar o um primeiro passo certeiro? Defina suas metas e estratégias para alcançá-las, faça um estudo prévio do seu público e da concorrência, e faça projeções de receita, custos e capital de giro para manter a saúde do negócio.
2. Capacitação contínua
Pesquisar, estudar sempre e procurar aconselhamento especializado é um prerrequisito para ter uma empresa longeva. Existem muitos cursos que você pode fazer de graça, mas é bom investir em capacitações mais avançadas e participações em eventos conforme progredir.
3. Controle financeiro eficiente
Mantenha as finanças sob controle separando o que é pessoal do que é da empresa, monitorando o fluxo de caixa, gerindo o estoque e os custos com consciência, além de adotar indicadores para saber como está indo em cada uma dessas tarefas.
4. Comportamento empreendedor
Líderes de sucesso compartilham algumas características ou competências essenciais. Entre elas, merecem destaque a resiliência, a iniciativa, a capacidade de assumir riscos calculados, a tomada de decisão com base em dados e a busca constante por informações.
5. Adaptação às mudanças
Por melhor que seja, nenhum plano é infalível, porque o mercado e os consumidores se transformam com o tempo. Adaptar-se em termos de portfólio de produtos e serviços, canais de atendimento e comunicação, e até preços pode ser necessário para aumentar a taxa de sobrevivência dos pequenos negócios.
6. Relacionamento com o cliente
No começo, é tentador focar apenas em novas vendas e conquistar novos clientes. Mas o bom relacionamento após isso é tão mais importante para a longevidade empresarial. Ou seja, tenha um bom pós-venda, cultive relações duradouras com o público e use os feedbacks recebidos para se aprimorar.
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