O consumo potencial em Santa Catarina está em alta. De acordo com o IPC Maps, as famílias no Estado devem gastar R$ 423,4 bilhões em 2025, um crescimento nominal de 15,2% em relação ao ano anterior. Mas, para sua empresa acompanhar esse movimento crescente, é preciso estar por dentro dos hábitos de compra dos catarinenses. Esse é o tema de uma pesquisa recente do Sebrae SC que abordaremos a seguir.
Destaques dos hábitos de compra dos consumidores catarinenses:
- o público no Estado não dispensa um bom atendimento;
- mas seis em cada dez consumidores sempre pesquisam preços;
- diferenças de comportamento marcam grupos etários e de renda;
- esse é o caso das compras pela internet e do pagamento via Pix.
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Os fatores mais relevantes para os consumidores catarinenses
A pesquisa “Retrato do Consumidor”, do Sebrae SC, entrevistou presencialmente 3.600 consumidores nos municípios de Blumenau, Chapecó, Criciúma, Florianópolis e Joinville. A partir dela, temos uma visão geral dos hábitos de compra no Estado, mas se notam algumas diferenças de comportamento entre os grupos sociodemográficos.
O primeiro destaque, então, é para os fatores mais importantes envolvidos na decisão de compra. Os catarinenses colocam a qualidade do atendimento no topo das prioridades, de um modo geral, embora essa não seja uma unanimidade.
Fatores mais relevantes para a compra:
- Atendimento: 83%
- Preço: 73,9%
- Qualidade do produto: 61,9%
- Descontos: 59,1%
- Promoções: 55,3%
Logo em relação ao atendimento, chama a atenção que os consumidores dão mais importância a esse fator quanto maior a faixa etária. Pessoas de mais baixa renda também dão maior peso a isso, talvez porque entre as classes altas o atendimento de qualidade seja algo mais garantido, e não tanto um diferencial.
Outra característica dos catarinenses das classes D e E é que a qualidade dos produtos aparece apenas como o quinto fator mais relevante para eles. Todas as respostas relacionadas ao preço vêm acima. Já os consumidores das classes A e B prezam muito pelos produtos e são os menos sensibilizados por descontos e promoções.
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A pesquisa de preço é parte dos hábitos de compra
No geral, seis em cada dez catarinenses relatam fazer a pesquisa de preços com frequência. Mas, como nem todos os grupos têm a mesma sensibilidade de orçamento, essa prática é mais comum entre determinados perfis de consumo.
Frequência da pesquisa de preço:
- Sempre: 61,3%
- Quase sempre: 14,6%
- Às vezes: 8,1%
- Raramente: 3,5%
- Nunca: 12,6%
A primeira diferença é que as mulheres pesquisam preços mais regularmente, talvez por terem uma maior participação na decisão de compra para o lar.
A idade é outro fator que eleva o percentual daqueles que sempre buscam o melhor preço. Entre os 16 e 19 anos, 54,6% dos entrevistados têm esse hábito, enquanto o número sobe para 64,1% acima dos 60 anos.
Quanto mais novos, mais eles recorrem à internet para a comparação de preços. Já os consumidores maduros preferem consultar pessoalmente nas lojas físicas.
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A presença real das compras on-line na vida dos consumidores
Além de pesquisar preços on-line, três em cada quatro catarinenses têm o hábito de comprar pela internet, apontam os dados do Sebrae SC.
Frequência de compras pela internet:
- Todos os dias: 0,9%
- Uma ou duas vezes por semana: 2,8%
- Toda semana: 5,2%
- A cada 15 dias: 11,3%
- A cada 30 dias: 21,2%
- Eventualmente: 33%
- Não faz compras on-line: 25,6%
O levantamento traz um retrato real do papel do e-commerce por contar com entrevistas presenciais. Uma pesquisa on-line como o “E-commerce Trends 2025”, de Octadesk e Opinion Box, diria que quase 90% dos brasileiros compram pela internet ao menos uma vez por mês. Mas isso ocorre entre o público já conectado.
Em Santa Catarina, por exemplo, 64% das pessoas com 60 anos ou mais não realizam compras on-line.
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Os meios de pagamento mais usados em Santa Catarina
Não surpreende que o Pix seja o meio de pagamento usado com maior frequência pelos catarinenses. Afinal, 93,2% dos entrevistados pelo Sebrae SC têm conta em bancos físicos e 72,2% em bancos virtuais. Entretanto, assim como nos demais hábitos de compra no Estado, os dados revelam algumas particularidades de cada grupo.
Formas de pagamento que costuma usar:
- Pix: 57,6%
- Cartão de débito: 50,4%
- Cartão de crédito: 50,3%
- Dinheiro: 30,9%
- Carnê: 2%
A diferença começa pela classe socioeconômica. Nas classes A, B e C, o uso do Pix é frequente para seis em cada dez consumidores, mas apenas 44,9% das pessoas de mais baixa renda têm o costume de pagar desse modo. Vale ressaltar que esse grupo é o menos abrangido pelas instituições bancárias.
A idade também interfere no meio de pagamento preferido. Dos 20 a 29 anos, 71,9% costumam pagar com Pix, contra 20,1% em dinheiro. Por outro lado, na faixa etária dos 60 anos ou mais, 49,1% pagam habitualmente em dinheiro, ante 26% do Pix.
Já o uso dos cartões de crédito e de débito permanecem relativamente constantes a partir dos 20 anos. A maior diferença é que os homens tendem a usar mais débito; já as mulheres, o crédito.
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