A publicidade está em constante evolução e chega a ser difícil prever como será o cenário em 2030. Mas estamos falando de um mercado de 1,04 trilhão de dólares em 2026, de acordo com a dentsu, então vale o esforço imaginativo para nos prepararmos até lá.
Veja as previsões em destaque para a publicidade em 2030:
- os dados biométricos informam uma nova dimensão sobre o público;
- o uso da inteligência artificial na criação de conteúdo está crescendo;
- os consumidores também poderão automatizar a relação com as marcas;
- o acesso a dados do público é um verdadeiro cabo de guerra;
- e no campo das redes sociais não devemos ter grandes mudanças.
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As previsões mais prováveis para a publicidade em 2030
A WPP Media lançou um relatório chamado “Advertising in 2030” com uma série de possibilidades para o mercado publicitário nos próximos anos. Com base nesse material, vamos nos concentrar a seguir nas previsões mais prováveis, segundo as fontes consultadas. Acompanhe!
1) Dados biométricos
Oito em cada dez especialistas ouvidos pela WPP Media acreditam que o uso de dados biométricos se tornará o padrão para acessar, personalizar e garantir a segurança nos serviços digitais.
Essa é uma tendência que já podemos observar no Brasil, embora os brasileiros estejam divididos quanto aos dados biométricos.
Por exemplo, de acordo com o Panorama Mobile Time/Opinion Box — Identificação e autenticação digitais no Brasil, de novembro de 2025, 56% dos internautas no País já usaram o reconhecimento fácil para acessar smartphones. Mas, enquanto 32% dizem que esse é o meio mais fácil de autentificação, 20% também afirmam que é o mais difícil.
Para a publicidade, os dados biométricos trazem uma nova dimensão de conhecimento sobre o público: eles dão, literalmente, uma cara ao consumidor.
O uso de celular no Brasil e a intenção de compra dos brasileiros.
2) Inteligência artificial no conteúdo
Esta é outra previsão sustentada por práticas já visíveis no cenário atual. Para a WPP Media, é muito provável que em 2030 as empresas dependam principalmente da inteligência artificial (IA) para a produção de conteúdo criativo.
No Brasil, o relatório “Inteligência Artificial 2025”, do Opinion Box, apontou o crescimento de 19% em 2024 para 34% em 2025 na proporção de empresas que usam IA para a criação de textos, imagens e afins.
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3) Comunicação máquina a máquina
A maior adesão do público às ferramentas de IA pode levar a publicidade — e a comunicação das marcas em um sentido geral — a situações peculiares. A previsão é de que, em 2030, um número crescente das interações entre consumidores e empresas seja por meio de bots.
De um lado, o público terá assistentes pessoais com inteligência artificial. De outro, os negócios continuarão investindo na automação por meio de bots e outros agentes virtuais. Ou seja, veremos um relacionamento máquina a máquina.
No entanto, esse comportamento deve ficar reservado a transações mais rotineiras e ao serviço de atendimento ao cliente.
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4) Acesso a dados
É esperado que governos e organizações tenham muita informação sobre quem as pessoas são (DNA e dados biométricos), o que elas fazem (GPS e dados de comunicação), além do que elas pensam e quais são os interesses delas (histórico de buscas e coleta de dados pelos dispositivos).
Mas há formas de resistência em relação a isso. Os brasileiros, em especial, são bastante desconfiados em relação à forma como seus dados são usados, como destaca o Panorama Mobile Time/Opinion Box. A legislação no Brasil também procura proteger os usuários nesse aspecto.
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5) Manutenção do status quo digital
Os grandes players digitais devem manter o domínio global nos próximos anos. Potenciais ameaças ao investimento em publicidade nessas plataformas são combatidos ferozmente, como é o caso do TikTok nos Estados Unidos, que desafiou a hegemonia da Meta nas redes sociais.
Além disso, os usuários estão mais cautelosos em adotar novas plataformas. Até a própria Meta tem dificuldade de emplacar o Threads, usado por menos de um quarto dos internautas brasileiros, de acordo com o relatório Digital 2026: Brazil. Portanto, é pouco provável uma mudança drástica desse cenário até 2030.
O problema, contudo, é a queda de engajamento nessas plataformas. Segundo o relatório “2025 Social Media Benchmarks”, da Socialinsider, a taxa de interações no Instagram caiu para 0,45%.
Essa é uma das razões por que muitas empresas estão se voltando para as mídias tradicionais, como a televisão e o rádio. Elas estão cansadas de não ter visibilidade na internet e redescobriram o imenso alcance dos meios off-line.
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