O Brasil conta hoje com 10,11 milhões de donas de negócios. Isso é o que revela um levantamento do Sebrae a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do IBGE, referente ao quarto trimestre de 2023.
O empreendedorismo feminino representa, com isso, 33,89% das pessoas donas de negócio no País. Em Santa Catarina, essa proporção é um pouco maior, de 35,45%. São mais de 428 mil empreendedoras-proprietárias no Estado.
Entretanto, o número de mulheres empreendedoras brasileiras é ainda maior. Se considerarmos não só as empregadoras ou mulheres que trabalham por conta própria, mas também aquelas que realizaram alguma ação recente para ter o próprio negócio, o total pode superar a marca de 30 milhões. Essa é a estimativa do relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM).
Então, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, neste 8 de março, o Negócios SC analisa o perfil do empreendedorismo feminino no Brasil. Mais ainda, destacamos a importância de empreender para a autorrealização da mulher brasileira. Acompanhe essa luta conosco!
Empreendedorismo feminino como busca por autorrealização
Os dados do IBGE mostram que as mulheres são 51,5% da população do Brasil. Elas somam 104,5 milhões de pessoas no País.
No entanto, a realidade do mercado de trabalho ainda está longe de representar esses números. O próprio IBGE revela que, do total de pessoas com 14 anos ou mais de idade que estavam ocupadas no último trimestre de 2023, 57% eram homens e 43% eram mulheres.
Ainda podemos observar essa desigualdade de gênero sob outra perspectiva: de todos os brasileiros fora da força de trabalho no período, as mulheres representavam 64,6% desse grupo.
A pesquisa “Empreendedoras e seus Negócios 2023”, realizada pela Rede Mulher Empreendedora em parceria com o Instituto Locomotiva, expõe como essa realidade do mercado de trabalho influencia o empreendedorismo feminino. Para 55% delas, a abertura do próprio negócio foi motivada pela necessidade.
Ao empreender, as profissionais buscam uma forma de criar o próprio espaço e de aumentar a renda. Mas não só.
Outra pesquisa, desta vez do Sebrae Santa Catarina, ressalta algumas diferenças expressivas entre as motivações de homens e mulheres ao abrir um negócio.
Motivações para o empreendedorismo feminino em SC:
- Elas buscam mais autorrealização e felicidade (26,8%) que os homens (17,9%).
- As mulheres empreendem mais pelo potencial financeiro (20,3%) que os homens (13,7%).
- A necessidade econômica fala mais alto para elas (18,3%) que para eles (13,4%).
Porém, as mulheres empreendedoras recebem muito menos apoio de pessoas próximas. Enquanto 22,4% dos homens entrevistados decidiram empreender por incentivo de amigos, familiares ou sócios, o percentual delas foi de apenas 9,8%.
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Perfil do empreendedorismo feminino no Brasil
O Sebrae ainda ressalta um aspecto interessante: a diversidade das mulheres donas de negócios no País. Tanto que é difícil definir um único perfil do empreendedorismo feminino por aqui.
Começando pela raça ou cor, há uma distribuição muito próxima entre empreendedoras negras (49,77%) e brancas (48,84%). Outras raças compreendem 1,39% do total.
Já a faixa etária predominante é a de 25 a 44 anos, com 51,6% das mulheres que empreendem incluídas nesse grupo. Entretanto, empreender é para todas as idades, como provam os dados. Outras 35,2% das empreendedoras no Brasil estão na faixa entre 45 e 64 anos; 7,4% têm até 24 anos; e 5,8% contam 65 anos ou mais.
O nível de escolaridade é outro fator que demonstra a diversidade do empreendedorismo feminino no Brasil. Ao mesmo tempo, isso liga um alerta para a falta de especialização de muitas mulheres à frente dos negócios. Apenas 29% delas têm o ensino superior, enquanto 41,3% chegaram ao médio.
Por outro lado, para a maioria dessas donas de negócio, empreender não é algo tão novo, já que 76,11% delas atuam nisso há dois anos ou mais.
O verdadeiro problema está no baixo rendimento mensal que elas obtêm. De acordo com o Sebrae, sete em cada dez mulheres empreendedoras no Brasil ganham até dois salários mínimos.
Enquanto isso, Santa Catarina desponta à frente da média nacional em alguns aspectos. O perfil médio da empreendedora no Estado representa uma mulher de 42 anos e que possui uma renda mensal familiar de R$ 5,4 mil. Além disso, 67,7% do empreendedorismo feminino catarinense tem ensino superior.
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O impacto positivo das mulheres empreendedoras
No Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, no Dia do Empreendedorismo Feminino, em 19 de novembro, e em todos os dias do ano devemos celebrar e apoiar as mulheres que empreendem.
As razões para isso são muitas e vão além da luta por espaço no mercado de trabalho e por uma renda maior. Quando uma mulher alcança a autorrealização nos negócios, ela também contribui para um mundo melhor.
Como destaca o Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2022/2023), elas se preocupam menos que os homens em apenas enriquecer ao abrir um negócio. Por outro lado, elas se interessam mais que eles em fazer a diferença e dão maior prioridade à sustentabilidade.
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