A venda de imóveis no Brasil cresceu 6,9% em volume e 5,9% em valor no primeiro semestre de 2025, em relação ao mesmo período de 2024, de acordo com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O total comercializado entre janeiro e junho deste ano chegou a 94.244 unidades e R$ 33,2 bilhões. Mas o que esperar do mercado imobiliário nos próximos meses?
Veja a intenção de compra dos brasileiros no mercado imobiliário:
- o interesse do público no setor está no maior nível da série histórica;
- 30% dos interessados desejam comprar um imóvel dentro de um ano;
- em até dois anos, 16,2 milhões de famílias devem efetuar a compra;
- a busca por apartamentos e casas costuma dar lugar a outras opções.
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A intenção de compra de imóveis no segundo semestre
Um levantamento da Brain Inteligência Estratégica aponta que a intenção de compra de imóveis no Brasil chegou, no segundo trimestre de 2025, ao maior patamar da série histórica. Quase metade dos entrevistados, ou 49% do público, relatou a intenção de fazer negócios no mercado imobiliário nos próximos meses ou anos.
Destes:
- 4% pretendem comprar e já começaram as visitas;
- 9% pretendem comprar e já estão procurando na internet;
- 36% pretendem comprar, mas ainda não iniciaram a busca.
O principal motivo para a compra, entre 28% dos interessados, é não pagar mais o aluguel. Ao todo, 45% declaram razões envolvendo algum tipo de transição, como sair do imóvel alugado para ter um próprio, ir morar sozinho ou casar.
Outros 34% das pessoas com a intenção de compra querem fazer um upgrade de moradia. A troca por uma residência maior é o motivo mais mencionado, nesse sentido. Outras mencionam o desejo por uma residência mais nova ou com mais benefícios.
Apenas 15% relatam o intuito de investimento. Isso está em sintonia com o fato de que 80% do público pretende comprar para o uso pessoal.
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16,2 milhões de famílias pretendem comprar imóvel em até 2 anos
O percentual de 49% de interessados no mercado imobiliário corresponde a um universo potencial de 21,4 milhões de famílias, segundo a Brain.
Então, é importante notar o cronograma estipulado pelos brasileiros para a compra do imóvel. Isso nos dá uma ideia de quantas famílias podem estar indo ao mercado no curto e médio prazos.
Tempo para a intenção de compra do imóvel:
- 14% planejam comprar em até um ano;
- 23% planejam comprar entre um ano e dois anos;
- e outros 12% planejam comprar além desses dois anos.
Isso representa em número de famílias no País:
- 6,1 milhões esperam comprar em até um ano;
- 10,1 milhões esperam comprar entre um ano e dois anos;
- 5,2 milhões esperam comprar além desses dois anos.
Ou seja, até 2027, há um mercado potencial no Brasil de 16,2 milhões de famílias em busca de imóveis.
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A distância entre o desejo e a compra no mercado imobiliário
Quando perguntados sobre o tipo de imóvel desejado, os consumidores costumam se dividir entre apartamentos e casas. Enquanto 46% indicam a primeira opção, 41% apontam a segunda. Outras respostas menos frequentes são as de casas em condomínio, terrenos em loteamento aberto e terrenos em condomínio fechado.
Contudo, há uma distância entre o que o público do mercado imobiliário quer e o que de fato acaba comprando.
De acordo com a pesquisa, se 46% dos entrevistados desejavam comprar um apartamento, somente 38% efetuaram a compra. Existe aí uma diferença negativa de oito pontos percentuais. Algo parecido ocorre com as casas de rua: uma diferença negativa de sete pontos percentuais entre os 41% que tinham essa opção em mente e os 34% que fecharam o negócio.
As casas em condomínio e os terrenos em loteamento aberto acabam sendo as principais alternativas. Cada um deles sobe seis pontos percentuais quando se trata das compras efetivadas — totalizando 14% e 9%, respectivamente.
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Os compradores estão dispostos a gastar mais nos imóveis
Outro dado interessante trazido pela Brain sugere uma maior disponibilidade de orçamento para a compra do imóvel entre o primeiro e o segundo trimestres de 2025.
De janeiro a março deste ano, 85% dos compradores desembolsaram até R$ 400 mil na negociação. Já entre abril e junho, o percentual de compradores nessa faixa de preço ficou em 69%.
Acima desse patamar, a faixa que mais cresceu foi a dos R$ 400 mil aos R$ 600 mil, passando de 6% das compras para 14%. Mas até os imóveis acima dos R$ 800 mil ganharam um impulso no segundo semestre, saindo dos 6% e chegando aos 9%.
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