O mercado de luxo é resiliente diante de cenários econômicos adversos, como foi a pandemia de Covid-19 e o cenário global de inflação elevada.

Em relação a 2020, um relatório de Bain & Company em parceria com Altagamma aponta que esse mercado pode crescer mais de duas vezes agora em 2023. Na previsão realista, a expectativa é de que ele cresça entre 5% e 8% só neste ano. Entretanto, o crescimento pode ser de até 12%.

A Associação Brasileira das Empresas de Luxo (Abrael) revela que até mesmo no Brasil de 2020 a receita do setor alcançou a marca de 5,2 bilhões de dólares. Para 2025, a expectativa é de uma alta de 3% nesse valor.

Então, o Negócios SC traz algumas dicas de como impactar o consumidor do mercado de luxo em Santa Catarina. Veja os dados que separamos para você sobre o tema.

Números do mercado de luxo no Brasil e no resto do mundo

Antes de trazermos os dados do setor, vamos lembrar rapidamente o que é o mercado de luxo. Ele se refere a produtos e serviços não somente de preços elevados, mas também de alto valor agregado pela exclusividade dos itens e experiências, pela limitação da oferta, pelo status das marcas e, acima de tudo, pela qualidade da entrega.

Inclusive, um levantamento da Vogue Business destaca que a qualidade dos produtos é o fator mais relevante para 52% dos consumidores do mercado de luxo.

Esse é um setor feito para uma pequena parcela da população. Ainda assim, representa uma indústria que movimentou 1,38 trilhão de euros em vendas no ano de 2022, segundo a Bain & Company. Isso inclui nove segmentos: bens pessoais, artes, móveis e utensílios domésticos, vinhos e destilados, comida gourmet e jantares, carros, jatos e iates particulares, cruzeiros de luxo e hospitalidade.

No Brasil, essas e outras categorias relacionadas vêm apresentando crescimento nas vendas. Por exemplo, o setor automotivo de luxo cresceu 53% no primeiro trimestre de 2023, na comparação com o mesmo intervalo do ano anterior. A venda de cosméticos voltados ao público de maior renda teve alta de 30% em 2022. E o número de lançamentos e imóveis de altíssimo padrão aumentou 39,2% nos primeiros três meses deste ano.

Em paralelo a esse movimento está o fato de que o Brasil tem registrado um maior número de milionários. Esse grupo deve aumentar 115% entre 2021 e 2026, acima da média global de 40%. O cálculo é do banco Credit Suisse.

Leia também: Veja o efeito de cortar o investimento em publicidade na TV

Artigos e experiências de luxo representam um estilo de vida próprio para uma parcela dos consumidores. (Foto via Freepik)

A comunicação visual do mercado de luxo

Para as marcas que desejam impressionar esse público de alto padrão, o estudo Luxury Creative Video Insights, da VidMob, oferece algumas informações valiosas.

Foram analisados mais de 2.300 anúncios em vídeo no LinkedIn para saber o que desperta melhor a atenção do consumidor no mercado de luxo. Isso resultou em algumas lições para as marcas em relação ao conteúdo audiovisual.

A marca conta

A presença dos logos das marcas de luxo nos três primeiros segundos de vídeo aumentou a visualização completa do conteúdo em 460%. Isso em relação aos vídeos que começam o anúncio com uma pessoa.

Foco inicial no produto

Outra dica para reter a atenção do consumidor durante os três segundos iniciais é mostrar o artigo de luxo. Assim, houve um crescimento de 116,6% na visualização integral do anúncio. O desempenho é ainda melhor quando o foco nesse momento do comercial é em algum detalhe do produto, em vez de mostrar o item por completo.

Ritmo do vídeo faz a diferença

Vídeos que trazem mudanças de cena nos primeiros segundos de exibição conseguem reter melhor o interesse do público.

Leia também: Veja como fazer um roteiro de propaganda para TV ou internet

O consumidor do mercado de luxo em Santa Catarina

Como vimos, o mercado de luxo é voltado para consumidores de alto poder aquisitivo, que se incluem na classe A.

Essa classe corresponde a 3% da população brasileira, ou 4% dos catarinenses. No entanto, a classe A chega a representar 13% do público na região metropolitana de Florianópolis, segundo dados do IBGE a partir das estimativas da Associação Brasileira de Estudos Populacionais (Abep).

Os dados estão em um estudo do Negócios SC sobre essa parcela de consumidores de elevado poder aquisitivo. O material ainda oferece outra dica importante para as marcas de luxo: os veículos da NSC impactam 80% dos catarinenses da classe A ao longo do mês.

Então, quer fazer a diferença no mercado de luxo? Baixe o Estudo de Mercado: Classe A e descubra mais informações relevantes para o setor em Santa Catarina.