Dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) trazem mais resultados positivos em relação ao consumo das famílias brasileiras em 2023.
No acumulado de janeiro a dezembro, houve um aumento real de 3,09% no consumo dos lares do País, já descontada a inflação do período, na comparação com 2022. Apenas entre novembro e dezembro, a alta foi de 18%, a maior evolução mensal em dois anos.
Enquanto isso, em Santa Catarina, a Associação Catarinense de Supermercados (ACATS) aponta um crescimento de 6,46% no Índice de Consumo das Famílias, considerando o acumulado de janeiro a novembro de 2023.
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Aumento da venda em supermercados
Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio, realizada pelo IBGE, o comércio varejista do Brasil teve um aumento de 1,7% em volume de vendas e de 4,1% em receita nominal no acumulado entre janeiro e novembro de 2023, em relação ao mesmo intervalo do ano anterior.
Entretanto, os dados da venda em supermercados e hipermercados são melhores que a média do varejo brasileiro em 2023.
Na atividade de “hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo”, houve um aumento de 3,5% no acumulado de volume de vendas no ano, com outros 8,2% de alta na receita nominal.
Em Santa Catarina, os números foram próximos da média brasileira. O Estado registrou um aumento de 3,1% no volume de vendas em supermercados e hipermercados. Já a receita nominal cresceu 8,4% no acumulado de janeiro a novembro.
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Economia em 2023 favoreceu consumo em supermercados
Alguns fatores da economia brasileira em 2023 foram determinantes para o crescimento do consumo em supermercados no período.
A Abras destaca, por exemplo, que o preço da cesta composta pelos 35 itens mais consumidos em supermercados ficou mais barato, com queda de 4,22% no ano. A inflação dentro da meta, a 4,62%, também foi importante nesse sentido. Inclusive, os preços dos alimentos registraram a menor alta anual em seis anos e a alimentação dentro de casa teve deflação.
O desemprego em queda é outro ponto que vale destacar. Em outubro, a taxa de desocupação esteve no menor índice desde fevereiro de 2015, a 7,6%. Some-se a isso a alta real da renda no Brasil em 2023 e temos o cenário ideal para a alta do consumo em supermercados pelas famílias brasileiras.
— O desemprego teve uma queda, isso foi bastante positivo, principalmente no final do ano, porque a parcela do 13º foi fundamental e grande parte desse valor foi para o consumo — comentou ao Jornal Nacional o vice-presidente da Abras, Marcio Millan, a esse respeito.
Não à toa, a Intenção de Consumo das Famílias Catarinenses (ICF) subiu pelo vigésimo segundo mês seguido. O indicador avaliado pela Fecomércio SC aponta uma alta de 2,4% entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024 e coloca Santa Catarina em um patamar superior ao do período pré-pandemia.
Especialmente os indicadores de emprego atual, renda atual, acesso ao crédito, nível de consumo atual e momento para duráveis são maiores do que os registrados em fevereiro de 2020.
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Aposta dos supermercados catarinenses no atacarejo compensa
Mesmo com esse bom momento econômico, a principal meta do consumidor catarinense para o novo ano é economizar. Isso é o que revela a pesquisa “Expectativas do consumidor para o ano de 2024”, da Fecomércio SC.
Então, mais uma vez o atacarejo deve sair ganhando. No acumulado de janeiro a novembro de 2023, o segmento cresceu 5% no volume de vendas em Santa Catarina, isso na comparação com o mesmo período de 2022.
As redes de supermercados catarinenses que apostaram cedo nesse formato foram as que mais cresceram no setor. Entre 2012 e 2022, por exemplo, o Grupo Pereira teve um aumento de 442% em receita bruta e tornou-se a maior rede supermercadista de Santa Catarina em faturamento. O grupo é responsável por marcas como o Fort Atacadista, com 56 unidades abertas.
Em segundo lugar no ranking estadual de 2022 está o Grupo Koch, dono da marca Komprão Atacadista, que ocupava a quinta posição uma década antes. Já são mais de 40 lojas só no atacarejo.
Outras redes, a exemplo do Angeloni (com a marca Super A) e do Grupo Mundial Mix (com o Brasil Atacadista) também procuram oferecer mais economia para o consumidor por meio desse modelo de varejo em ascensão.
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