Início de 2023 é positivo para o comércio catarinense

24/04/2023

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Início de 2023 é positivo para o comércio catarinense

O comércio catarinense deu a largada no ano de 2023 em ritmo acelerado. De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE, o varejo de Santa Catarina registrou resultados muito melhores que o do último trimestre de 2022.

Dezembro, por exemplo, foi um mês de retração das vendas no Estado. No entanto, graças ao desempenho positivo em meses anteriores, o volume de vendas no varejo restrito em 2022 teve um crescimento de 2,5% frente ao acumulado do ano anterior.

Então, é muito importante que o comércio catarinense tenha começado 2023 com um ótimo saldo. O resultado foi ainda melhor que o observado na média brasileira, como analisaremos adiante.

Quer saber em detalhes? Veja a seguir mais dados sobre o desempenho do varejo de Santa Catarina no início deste ano.

Comércio catarinense teve alta acima da média brasileira

Como aponta a Pesquisa Mensal do Comércio de janeiro, o varejo restrito em Santa Catarina apresentou um crescimento de 4,9% em relação a dezembro de 2022. Já na comparação com janeiro do ano anterior, a alta foi de 7%.

Isso coloca o desempenho do comércio catarinense muito acima da média brasileira. No mesmo período, o Brasil registrou aumentos de 3,8% e 2,6%, respectivamente.

A diferença entre o resultado de Santa Catarina e o cenário nacional é ainda maior quando analisamos os dados do varejo ampliado. Nesse caso, o Estado teve crescimentos no volume de vendas de 5,2% frente a dezembro e de 8,4% em relação a janeiro de 2022. Por sua vez, a média brasileira ficou em 0,2% e 0,5% nos respectivos períodos de comparação.

O comércio catarinense teve números igualmente positivos no indicador de receita nominal das vendas. No varejo restrito, as altas foram de 4,1% ante dezembro e de 15% ante janeiro do ano anterior. Já o varejo ampliado chegou a 4,9% e 16,8%.

Nesse sentido, a Fecomércio SC ressalta que o aumento das receitas nominais desacelerou nos dois últimos meses. Mas, ao lado da aceleração do volume de vendas, isso é um indicativo de que o comércio catarinense está se recuperando. Afinal, foi a inflação descontrolada dos últimos anos que criou esse descompasso entre um grande avanço das receitas sem as vendas acompanharem o mesmo ritmo.

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Pesquisa do IBGE agora permite analisar melhor a venda de alimentos. (Foto via Freepik)

Pesquisa Mensal do Comércio inclui atacarejo e varejo de alimentos

De tempos em tempos, o IBGE faz pequenas mudanças nas pesquisas para melhor refletir a realidade do mercado. Desta vez, uma alteração bastante interessante diz respeito à análise do varejo ampliado.

Até então, o varejo ampliado incluía as categorias de “veículos, motocicletas, partes e peças” e “materiais de construção”. A partir dos resultados de janeiro de 2023, a Pesquisa Mensal do Comércio passou a considerar igualmente o atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo.

Essa é uma mudança importante, já que só o atacarejo tem participado de 40% da venda de alimentos no Brasil, segundo dados da McKinsey.

Porém, nessa primeira leitura, o resultado do volume de vendas na categoria foi de -0,9% na comparação com janeiro de 2022.

Futuramente, poderemos acompanhar a evolução específica do segmento e comparar o desempenho dele com o de hipermercados e supermercados. A preferência por um ou por outro está diretamente relacionada com o poder de compra dos brasileiros. Foi assim que o atacarejo cresceu mais rápido nos últimos anos, enquanto a inflação pressionava o bolso do consumidor.

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Outros sinais positivos para o comércio catarinense em 2023

Os resultados do comércio catarinense nunca estão isolados. Outros indicadores da economia e do consumo podem ajudar a prever como serão as vendas no varejo. Portanto, é preciso saber ler os sinais.

O que eles revelam traz otimismo para o setor. Inclusive, o próprio consumidor está mais otimista, segundo o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medido mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A entidade destaca que o nível de confiança para consumir chegou em abril ao maior patamar desde março de 2020.

A queda da inflação e a maior satisfação das famílias brasileiras com emprego e renda contribuem para esse clima favorável.

Também de acordo com a CNC, na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), o percentual de famílias com dúvidas ou sem condições de pagá-las parou de crescer.

Mas a melhor notícia talvez venha mesmo da queda da inflação. Em março, a taxa acumulada em 12 meses ficou abaixo de 5% pela primeira vez em dois anos, retrocedendo a 4,65%.

Acompanhe os próximos capítulos do comércio catarinense com as notícias de Conheça SC.

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