A temporada de cruzeiros 2024/2025 foi oficialmente aberta em Santa Catarina com a passagem do Seabourn Venture por Balneário Camboriú no dia 6 de novembro. Até abril do próximo ano, três cidades catarinenses ainda receberão 30 navios, segundo a previsão da Cruise Lines International Association Brasil (CLIA), entre embarcações de cabotagem e de longo percurso.
O Negócios SC traz agora dados que mostram por que essa deve ser a maior temporada de cruzeiros da história para o Estado e qual é o impacto do turismo marítimo na economia.
Destaques do turismo de cruzeiros em SC e no Brasil:
- o setor pode movimentar mais de R$ 5,2 bilhões por todo o País;
- 427 mil leitos serão ofertados aos cruzeiristas que passarem pelo litoral catarinense;
- Santa Catarina tem algumas das melhores paradas de cruzeiros no Brasil;
- nove em cada dez passageiros têm vontade de retornar aos destinos visitados.
Acompanhe de perto o assunto com mais detalhes a seguir.
Expectativas para a temporada de cruzeiros 2024/2025
A temporada marítima de 2023/2024 já foi histórica para Santa Catarina. Ela começou com um número de 336 mil visitantes esperados nas 124 escalas planejadas para atracar em Balneário Camboriú, Itajaí e Porto Belo. Ao fim desse período, a Secretaria de Turismo do Estado calculou um fluxo total de 370 mil passageiros.
Já a nova temporada promete atrair ainda mais visitantes ao litoral catarinense, apesar das 121 escalas previstas. Ou seja, serão três a menos em 2024/2025. Em compensação, a oferta de leitos deve chegar a cerca de 427 mil.
A CLIA prevê 64 escalas atracando em Balneário Camboriú, quatro a mais que na temporada anterior, com o oferecimento de mais de 160 mil leitos. Serão 17 navios passando pela cidade no litoral norte de Santa Catarina. Itajaí deve receber 6 navios e 40 escalas, duas a menos do que em 2023/2024. Mas o número de leitos alcançará os 211 mil. Já Portobelo ficará reduzida em cinco escalas nos sete navios que passarão pelo município, somando 17 ao todo e disponibilizando 55 mil leitos.
Desses destinos, Itajaí é a única cidade que pode fazer o embarque e o desembarque de passageiros. Inclusive, foi eleita um dos melhores portos de embarque da temporada de cruzeiros brasileira no prêmio Krooze Awards 2024, divulgado em setembro deste ano. As outras duas paradas no litoral catarinense servem apenas de escala para que os passageiros passem algumas horas em terra e conheçam as proximidades. Balneário Camboriú também saiu vencedora no Krooze Awards, desta vez como uma das melhores escalas da temporada brasileira.
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Cada turista gasta, em média, quase R$ 700 nas escalas em solo brasileiro. (Foto via Freepik)
O impacto econômico da temporada de cruzeiros
O turismo marítimo movimenta os destinos catarinenses de diferentes maneiras. A mais evidente é por meio dos gastos dos turistas com alimentação, transporte, passeios, guias locais, entradas em atrações turísticas, hospedagens antes e depois dos cruzeiros, roupas e presentes. O montante entre 2023 e 2024 foi de R$ 2,4 bilhões em todo o Brasil, quando o País recebeu cerca de 844 mil cruzeiristas.
Mas também há um grande investimento das empresas que atuam diretamente na temporada de cruzeiros. Temos, por exemplo, as taxas portuárias, os demais impostos e a compra de suprimentos para as embarcações. Para cada R$ 1 gasto na operação, ainda se movimentam R$ 4,22 na economia. Diante disso, a CLIA revela que o impacto econômico total na última temporada foi de R$ 5,18 bilhões.
Além disso, o turismo marítimo gera uma série de empregos diretos, indiretos e induzidos, somando-se aos tripulantes dos navios. Na última temporada o saldo superou a marca de 80 mil profissionais empregados.
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O gasto dos cruzeiristas em cada parada
Cada passageiro gasta, em média, R$ 5.269 com a compra da viagem de turismo marítimo. Somente nas cidades de embarque e desembarque, o Estudo de Perfil e Impactos Econômicos no Brasil dos cruzeiros calcula que cada turista deixe R$ 877. Já nas cidades de escala, o gasto médio é de R$ 669.
Esse valor está relacionado à renda elevada que os cruzeiristas costumam apresentar. De acordo com o estudo elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), 64,5% dos viajantes com origem nacional têm renda familiar mensal acima de R$ 5 mil.
Mais interessante ainda é o fato de que as paradas também indicam um enorme potencial de gasto futuro. Isso porque 87,2% dos entrevistados revelaram o desejo de retornar aos destinos visitados. Ou seja, a temporada de cruzeiros abre as portas para novas visitas, com um tempo maior de estadia.
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