O varejo brasileiro vem de uma alta de 1,7% em 2023, na comparação com o ano anterior, segundo os dados do IBGE. Esse crescimento do comércio ocorreu apesar de uma queda de 1,3% no volume de vendas entre novembro e dezembro do último trimestre.
Foi o sétimo ano consecutivo em que o setor apresentou um resultado positivo, superando o desempenho de 2020, 2021 e 2022, mas desde 2018 o comércio no Brasil não registra um aumento anual acima de 2%, quando alcançou a marca de 2,3%.
Ainda assim, o mercado prevê um novo crescimento do comércio em 2024, embora um pouco mais lento que em 2023. Para saber os detalhes, continue a leitura!
O resultado do comércio no Brasil em 2023
Como vimos, o comércio varejista brasileiro cresceu 1,7% em volume de vendas no ano de 2023. Já em receita nominal, a alta foi de 4,1% na comparação com 2022.
Se considerarmos o varejo ampliado — que inclui as atividades de venda de veículos e motos, partes e peças; materiais de construção; e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo —, então o crescimento do comércio foi de 2,4% em volume de vendas e de 5,3% em receita nominal.
A atividade que mais cresceu em 2023 foi justamente uma presente no varejo ampliado: a de veículos, motocicletas, partes e peças, com resultado de +8,1%. Tanto que a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) registrou um aumento de 12% no número de emplacamentos frente ao ano anterior.
Por outro lado, segmentos importantes do varejo tiveram queda em 2023. O resultado do comércio de tecidos, vestuário e calçados, por exemplo, caiu 4,6% no ano. Já o volume de vendas de móveis retrocedeu 5,2%.
O varejo de Santa Catarina, por sua vez, apresentou números acima da média nacional. No Estado, o crescimento do comércio varejista foi de 2,8% e de 4,9% no varejo ampliado.
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Resultado do comércio em 2023 foi melhor que o dos três anos anteriores. (Foto via Freepik)
Perspectiva para o crescimento do comércio em 2024
O consumidor brasileiro entrou em 2024 com o menor índice de inadimplência em 22 meses, segundo uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A classe média ainda conseguiu terminar janeiro menos endividada do que estava em dezembro.
A economia traz outras notícias positivas para o varejo neste ano. A última previsão de inflação em 2024, por exemplo, está em 3,82%, como aponta o Relatório Focus do Banco Central. Com isso, a expectativa é de que a Taxa Selic caia até 9%, mais uma importante contribuição para melhorar o acesso ao crédito pelos brasileiros.
No entanto, a CNC projeta um crescimento do comércio mais lento em 2024. A entidade estima que o setor crescerá 1,1% neste ano, na comparação com 2023.
Já a Tendências Consultoria tem uma previsão mais otimista. A empresa espera que o varejo restrito tenha uma alta de 2,5%, enquanto o ampliado deve crescer 2,7%.
O Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IAV-IDV) segue essa linha e projeta um crescimento nominal das vendas em 6% no primeiro trimestre de 2024. Esses dados mostram que os varejistas podem esperar resultados positivos no final do ano, mas precisam ficar atentos ao mercado e aproveitar cada oportunidade para impulsionar os negócios.
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Vendas do e-commerce devem crescer no Brasil
O varejo on-line deve acompanhar o crescimento do comércio como um todo no País. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o e-commerce nacional alcançará o faturamento de R$ 205,11 bilhões em 2024. Se confirmado o resultado, isso representaria um aumento de 10,45% em relação a 2023.
Essa trajetória de ascensão ainda se manterá pelos próximos anos, conforme calcula a ABComm, projetando R$ 225 bilhões de faturamento em 2025, R$ 248 bilhões no ano de 2026 e R$ 273 em 2027.
Nesse sentido, o relatório E-commerce Trends 2024, publicado em julho de 2023 pela Octadesk e pelo Opinion Box, mostra que 64% dos consumidores brasileiros aumentaram a frequência de compras pela internet nos 12 meses anteriores à pesquisa. E 54% pretendiam aumentar ainda mais nos 12 meses seguintes o uso dos canais digitais para comprar.
Para completar, a ABComm estima que o Brasil terá em 2024 um total de 91 milhões de consumidores no comércio eletrônico.
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