Mais da metade dos brasileiros conectados, ou 51%, realiza compras por impulso, segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise. Mas esse hábito está mudando diante da pressão crescente no bolso do consumidor. Veja a seguir o que sua marca pode fazer a respeito.
Destaques entre a economia e as compras por impulso:
- 95% dos consumidores sentiram o aumento dos preços nos últimos meses;
- 87% perceberam essa alta na categoria dos alimentos de rotina;
- 82% têm trocado os produtos habituais por opções mais baratas;
- mas 73% não consideram abrir mão de certos itens, apesar do preço.
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Os consumidores sentem o aumento de preços no dia a dia
Duas pesquisas diferentes, realizadas entre julho e agosto de 2025, trazem um retrato muito parecido da reação dos brasileiros ao aumento dos preços.
De um lado, temos o levantamento “Consumo em tempos de inflação e repriorização 2025”, de Neogrid e Opinion Box. Ele mostra que 95% dos entrevistados sentiram que as compras do dia a dia ficaram mais caras nos últimos 12 meses.
Já o estudo “Escolhas sob pressão”, da MindMiners, aponta que 94% dos consumidores têm percebido os preços dos produtos e serviços subirem.
As categorias em que o público mais sentiu a alta dos preços foram:
- Alimentos: 87%
- Saúde: 56%
- Produtos de limpeza: 43%
- Beleza e cuidados pessoais: 42%
Não surpreende, portanto, que mais brasileiros cheguem ao final do mês no vermelho ou sem sobras que aqueles com certa folga orçamentária.
De acordo com a MindMiners:
- 12% estão endividados;
- 17% têm dificuldade para cobrir os gastos;
- 27% terminam o mês sem sobras;
- 27% pagam as contas com alguma folga;
- 17% conseguem poupar.
Isso explica por que os índices de endividamento e inadimplência dos brasileiros têm crescido em 2025. Como informa a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Brasil tinha em último agosto 78,8% das famílias endividadas e 30,4% delas apresentando contas em atraso.
Conheça os quatro perfis de consumidores na alta dos preços.
As estratégias dos brasileiros para economizar nas compras
Preço, preço e preço. Essa tem sido a maior preocupação dos consumidores, como revelam a Neogrid e o Opinion Box.
Fatores de maior peso ao escolher onde comprar:
- Preço: 71%
- Qualidade dos produtos: 47%
- Variedade: 41%
- Proximidade de casa: 39%
Uma consequência natural dessa preocupação é a pesquisa de preços antes da compra. Seis em cada dez consumidores no Brasil fazem isso sempre ou frequentemente.
Inclusive, a pesquisa prévia é a estratégia mais usada pelos brasileiros para economizar, segundo a MindMiners.
Estratégias para economizar em 2025:
- Pesquisa prévia de preços: 50%
- Troca por marcas mais baratas: 36%
- Redução da frequência de compra: 36%
- Aproveitamento de cupons e promoções: 29%
Em relação às substituições, que vêm abaixo da pesquisa de preços, o “Consumo em tempos de inflação e repriorização 2025” destaca as categorias mais sujeitas a esse tipo de troca.
Produtos mais substituídos por opções econômicas nos últimos 12 meses:
- Limpeza: 69%
- Higiene pessoal: 57%
- Alimentos e bebidas: 54%
No geral, 82% dos consumidores têm trocado os produtos que costumavam comprar por outros, mais baratos.
Pesquisa do Sebrae revela os hábitos de compra dos catarinenses.
Como estimular as compras por impulso neste cenário?
Mesmo com toda essa procura por economia, 73% afirmam ter produtos dos quais não abrem mão, mesmo custando mais do que desejavam, segundo apontam Neogrid e Opinion Box.
Estes são os itens de que os brasileiros não abrem mão:
- Comida fora de casa: 46%
- Chocolates e doces: 45%
- Cosméticos: 38%
- Delivery: 32%
Nesse sentido, a Kantar analisa como o comportamento dos consumidores tem aproximado cada vez mais o lado emocional, como nas compras por impulso, com o lado racional, que influencia a pesquisa de preços.
A análise é de que o impulso não ocorre mais exclusivamente no ponto de venda. O gatilho acontece, na verdade, no impacto da mídia. O desejo se instala no contato com os anúncios em televisão, na rádio, nas mídias digitais… O público já chega com a ideia de comprar, talvez até tendo pesquisado sobre o produto.
No fundo, os consumidores não perdem a vontade de se mimar. Por isso, as marcas precisam saber comunicar mais que os descontos, transmitindo o valor por trás de cada compra que faça o comprador se sentir bem com ela.
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