O e-commerce no Brasil atinge quase a totalidade dos consumidores conectados no País. De acordo com o Panorama Mobile Time/Opinion Box — Pagamentos móveis e comércio móvel no Brasil, de setembro de 2023, 95% dos brasileiros com smartphone já compraram  pela internet.

Mas qual é o perfil de quem vende on-line? Essa é uma perspectiva igualmente interessante para analisarmos.

Então, você descobrirá sobre o e-commerce no Brasil: 

• 1,9 milhão é o número de lojas virtuais no País;
• as vendas do setor chegaram a R$ 185,7 bilhões em 2023;
• três em cada quatro e-commerces estão nas redes sociais;
• a importância da jornada omnichannel para o consumidor.

Acompanhe os detalhes com os dados que o Negócios SC reuniu para você.

O perfil de quem vende no comércio eletrônico brasileiro

Dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) mostram que o e-commerce no Brasil cresceu 10% em 2023, isso na comparação com o ano anterior. As compras pela internet chegaram ao valor de R$ 185,7 bilhões no País.

Nesse contexto, chama a atenção o crescimento das compras feitas em sites e aplicativos estrangeiros. Os brasileiros gastaram mais de R$ 6,4 bilhões em empresas de outros países, totalizando 210 milhões de pedidos. Como comparação, os gastos desse tipo em 2022 foram de R$ 2,57 bilhões. Os números são da Receita Federal e foram apurados pelo G1.

Mas esse mercado não é feito apenas por marcas gigantes que vendem milhares de produtos, como Mercado Livre, Amazon, Shopee ou Magalu. Pelo contrário, o perfil de quem vende no comércio eletrônico brasileiro é muito mais “gente como a gente”.

Isso é o que revela a 10ª edição da Pesquisa “Perfil do E-Commerce Brasileiro”, da BigDataCorp. Tanto que a maioria das lojas virtuais no País (45,79%) conta apenas com o empreendedor ou a empreendedora para tocar o negócio à frente. Outras 40,47% das empresas no setor têm menos de dez funcionários, mas geralmente o número fica entre um e dois colaboradores.

Ao todo, existem mais de 1,9 milhão de lojas virtuais no País em 2024. Isso representa um crescimento de 17,14% em relação à pesquisa de 2023. Desse total, 68,44% vendem de um a dez produtos.

Podemos dizer, então, que o perfil do comércio eletrônico brasileiro está muito mais próximo do empreendedor individual ou da pequena empresa que vende produtos focados em um nicho de mercado.

Leia também: O uso da internet, redes sociais e mídia no Brasil em 2024

A maioria dos negócios brasileiros na internet é de pequeno porte. (Foto via Freepik)

O e-commerce brasileiro e as vendas omnichannel

Mesmo com esse caráter mais segmentado do e-commerce brasileiro, está cada vez mais clara a importância de posicionar o negócio digital em marketplaces. Isso porque eles facilitam a descoberta dos produtos pelo público e, muitas vezes, também a questão logística de entrega.

Entre 2022 e 2023, o percentual de e-commerces brasileiros que vendem em marketplaces cresceu de 14,82% para 20,35%. Inclusive, em 71,45% desses casos, as empresas estão presentes em dois ou mais marketplaces.

Nessa jornada omnichannel do varejo eletrônico do País, vale destacar igualmente o uso das redes sociais. Três em cada quatro lojas virtuais brasileiras utilizam tais plataformas para comunicação e vendas on-line. YouTube, Instagram e TikTok foram as redes que tiveram crescimento mais significativo nesse aspecto.

Mas há um lado da jornada de compra omnichannel ainda pouco explorado pelas empresas de e-commerce: as lojas físicas. Apenas 16,5% dos comércios virtuais estão presentes em algum ponto de venda físico.

Leia também: Por que o varejo deve investir em social commerce?

A importância da jornada multicanal no e-commerce no Brasil

Oferecer uma jornada diversificada para o público é fundamental porque o próprio consumidor é omnichannel. Mesmo que ele não saiba o significado dessa palavra — e 83% realmente a desconhecem, como indica a pesquisa Omnicanalidade no Brasil —, o costume de migrar entre canais de venda está muito enraizado nos brasileiros.

Por sinal, você conhece o verdadeiro significado de uma estratégia omnichannel? É construir um canal total e integrado de vendas para a marca.

A pesquisa de Bornlogic e Opinion Box revela nesse sentido que 77% dos consumidores digitais já compraram em mais de um canal da empresa. Por exemplo, na loja física e no aplicativo ou site.

Ou seja, ter uma loja on-line é muito importante para os negócios. Ela fornece informações úteis à decisão de compra, facilita a pesquisa de preços e permite adquirir produtos que, em alguns casos, seriam impossíveis de outra maneira. Mas outros canais digitais e a própria loja física são igualmente necessários para uma jornada do consumidor mais completa.

Leia também: Por dentro das mudanças na jornada de compra omnichannel

Dados importantes sobre o e-commerce no Brasil

Relembre as principais informações que apresentamos neste conteúdo.

Qual é o tamanho do e-commerce no Brasil?

Existem quase 2 milhões de lojas on-line no País, segundo a BigDataCorp. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico aponta que elas venderam R$ 185,7 bilhões em 2023.

Qual é o perfil do varejo virtual brasileiro?

A maioria das empresas do setor é formada por empreendedores individuais ou pequenas empresas que vendem entre um e dez produtos. Os grandes varejistas on-line, na verdade, são exceção, apesar das fortunas que movimentam.

Por que o e-commerce precisa de uma estratégia omnichannel?

Dados da Bornlogic e Opinion Box mostram que 77% dos consumidores na internet já compraram em uma jornada omnichannel.

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