Os hábitos culturais e o acesso à cultura no Brasil em dados

28/02/2024

Diversidades

Os hábitos culturais e o acesso à cultura no Brasil em dados

O acesso à cultura é um direito humano universal de acordo com a Declaração da Assembleia Geral das Nações Unidas elaborada em 1948. O artigo 27 do documento diz especificamente que toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade e de aproveitar as artes.

Mais ainda, cultivar hábitos culturais tem um impacto bastante positivo na vida social e psicológica do indivíduo. De acordo com a pesquisa “Hábitos culturais 2023”, da Fundação Itaú em parceria com o Datafolha, 81% dos brasileiros concordam que a realização de atividades relacionadas à cultura diminui a sensação de solidão. Além disso, 86% relatam que tais programas reduzem o estresse e a ansiedade.

Porém, a mesma pesquisa revela que quatro em cada dez brasileiros não costumam praticar qualquer atividade cultural. Como veremos, o nível de renda e região de residência são dois aspectos que acabam influenciando o acesso à cultura no Brasil.

Quer saber mais a respeito? Acompanhe os destaques do Negócios SC sobre o tema.

Influências nos hábitos culturais dos brasileiros

As atividades associadas à cultura, como o consumo de livros, filmes, séries e músicas, são as mais citadas pelos brasileiros para realizarem no tempo livre, conforme indica a enquete espontânea da Fundação Itaú. Elas vêm à frente dos exercícios físicos, do consumo de televisão e de passeios, por exemplo.

Atividades para o tempo livre mais citadas pelos brasileiros:

Mas, como antecipamos, 40% da população no País não têm hábitos culturais. Para entender o porquê disso, vamos analisar o que influencia os brasileiros a fazer atividades do gênero.

Em primeiro lugar, o acesso à cultura passa por uma série de influências. Amigos (29%), professores (27%), pais (26%) e demais parentes (21%) são os que mais contribuem como influenciadores culturais.

Percebe-se desde aí a importância do círculo social mais próximo para estimular o consumo de cultura no Brasil.

Ainda nesse sentido, mais de um quarto dos brasileiros (28%) afirma que realiza atividades culturais presenciais justamente para conviver e interagir com outras pessoas.

Também é válido ressaltar os canais pelos quais o público descobre informações sobre cultura. As redes sociais são a principal fonte nesse quesito, com indicações de conhecidos e propagandas vindo em seguida. Para completar, os entrevistados destacam a Globo e o Globo.com como as maiores referências de mídia para informarem-se sobre as atividades culturais no País.

Leia também: Dicas para incluir o marketing cultural na sua estratégia

A cultura é um direito universal, mas renda e região afetam o acesso. (Foto via Freepik)

Baixa renda dificulta o acesso à cultura

O primeiro passo para fomentar os hábitos culturais no Brasil é investir na comunicação do setor. Quanto mais pessoas souberem das opções, mais redes de influências se criarão.

Mas isso não é o suficiente. O nível de renda da população é outro fator que impacta o acesso à cultura.

Como prova disso, 70% dos brasileiros das classes A e B costumam praticar alguma atividade cultural. Entretanto, nas classes de menor renda (D e E) esse número cai para 52%.

Até mesmo as pessoas de maior rendimento encontram certa dificuldade em realizar atividades presenciais na área da cultura. Entre todos os perfis de público, as questões financeiras aparecem como o segundo maior obstáculo para a não realização dessas atividades, atrás somente da insegurança.

Além disso, quase um quarto dos brasileiros (23%) não faz qualquer atividade ou programa cultural pago. E esse número chega a 32% entre os consumidores que sentem mais o custo de vida no País. Nas classes D e E também está o maior percentual daqueles que fazem mais programas culturais gratuitos que pagos.

Ou seja, a oferta de eventos gratuitos para o público é outro fator que pode contribuir para o acesso à cultura.

Vale saber mais: Livros no Brasil: pesquisa revela hábito de leitura no País

Acesso à cultura depende de descentralização das atividades

A pesquisa “Hábitos culturais 2023” traz outro dado relevante: 43% dos habitantes de municípios de pequeno porte sentem falta de atividades com música, cultura e artes onde vivem. Como comparação, o resultado é de 25% nas grandes cidades.

Nos municípios menores também há uma maior carência por teatro, cinema e festas culturais, segundo os entrevistados.

Aí está uma ótima oportunidade para os negócios. Por meio do marketing cultural e da realização de eventos, as marcas podem se fortalecer regionalmente. Onde houver demanda por acesso à cultura, há uma possibilidade de conquistar o público.

Até mesmo em Florianópolis, que já possui uma boa oferta cultural, a NSC ajuda as marcas a crescer com projetos que levam cultura, arte e lazer para o consumidor catarinense. Um bom exemplo disso é o Floripa Tem, que agita o litoral com muita música e outras atividades.

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