Quase metade dos consumidores catarinenses, ou 49%, avalia que a vida financeira está melhor neste momento, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse dado vem de uma pesquisa da Fecomércio SC para o Natal 2024. Então por que, de acordo com o levantamento, houve uma queda na intenção de gastos com os presentes para o próximo 25 de dezembro?
As respostas para isso estão na economia:
- o maior custo dos itens da ceia e o aumento da taxa de juros pesam no bolso;
- o endividamento e a inadimplência dos mais pobres cresceram desde 2023;
- com isso, houve um recuo de 2,5% na média da intenção de gastos em SC;
- ainda assim, os empresários se mantêm otimistas para as vendas de final de ano.
Acompanhe o cenário para o Natal 2024 em Santa Catarina com os dados que o Negócios SC traz a seguir.
Economia é a palavra de ordem para o consumidor
A ceia de Natal este ano estará um pouco mais salgada e isso nada tem a ver com os temperos usados no preparo da refeição. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), avaliado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), os 15 itens que costumam estar presentes à mesa na ocasião tiveram aumento de preço em 2024.
O crescimento médio foi de 9,16% neste ano, na comparação com 2023. Mas itens como o azeite chegaram a acumular uma inflação de 21,3%. Enquanto isso, o pernil, que está na lista de compras de 48% das famílias de classes A e B, segundo uma pesquisa da Globo para este Natal, ficou 17,8% mais caro.
Além disso, outro sinal da economia preocupa o consumidor: o aumento da taxa Selic, ou seja, da taxa básica de juros. Como pontua a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), isso afeta especialmente as famílias mais pobres, que dependem mais do crédito para as compras de Natal.
Essa alta ocorre em um momento em que tanto o endividamento quanto a inadimplência registram alta no Brasil, considerando os lares de menor renda. Em meio a esse grupo, a proporção de famílias endividadas chegou a 80,8% em outubro deste ano, enquanto a inadimplência subiu para 37,7%.
Não à toa, um levantamento da Ticket revela que 39% dos consumidores devem presentear no Natal 2024 apenas os parentes próximos. Nesse sentido, houve um aumento em relação aos 31% registrados em 2023.
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A intenção de gastos para o Natal 2024
Tal cenário econômico nos traz a Santa Catarina e, mais precisamente, aos planos dos catarinenses para as compras do Natal 2024. No Estado, não se sente tanto o efeito dos preços e dos juros, já que a população estadual tem uma maior proporção de pessoas nas classes socioeconômicas A e B, as mais elevadas, que a média nacional. Entretanto, foi o suficiente para que a intenção de gastos tivesse uma ligeira queda.
Como revela a Fecomércio SC, os catarinenses pretendem gastar um valor médio de R$ 672 com os presentes de Natal deste ano. Isso representa um ticket 2,5% menor que o planejado para a mesma data de 2023, já considerada a inflação no período.
Os itens de vestuário lideram a intenção de compra dos consumidores no Estado e os catarinenses planejam gastar R$ 685 com eles, em média. Depois, vêm os brinquedos (gasto previsto de R$ 704), os calçados (R$ 831) e a categoria de perfumes e cosméticos (R$ 799).
Nesse contexto, não surpreende que o preço seja o fator determinante para a escolha de onde comprar os presentes. Essa foi a resposta dada por 37% dos entrevistados pela Fecomércio SC. Inclusive, oito em cada dez consumidores em Santa Catarina pretendem realizar a pesquisa de preço para as compras do Natal 2024. A maioria do público fará isso visitando diretamente os estabelecimentos.
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Empresários permanecem otimistas para o Natal e fim de ano
Apesar das condições apresentadas, os empreendedores brasileiros estão confiantes de alcançar bons resultados com as vendas no fim de ano. Isso é o que mostra o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da CNC. O indicador chegou a 113,5 pontos em novembro, portanto dentro da zona de otimismo, representando um crescimento de 1,4% em relação a outubro.
Os varejistas de supermercados, farmácias e cosméticos tiveram o aumento mais expressivo nesse índice de confiança. Mas todas as categorias de bens não duráveis acabaram registrando alta.
O setor de serviços também está otimista, como indica a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Um levantamento recente aponta que 78% dos empresários do ramo esperam um crescimento das vendas no final de 2024, frente ao mesmo período do ano anterior.
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